24 não é só a minha série televisiva de eleição. Tal como foi escrito no site nacional C7nema, 24 é um dos maiores sucessos da televisão americana na última década. Estão lá todos os ingredientes para que um ocidental se identifique com a eficiência das suas agências de segurança. 24 é, afinal, um dos melhores catalizadores que a televisão poderia dar ao grande público como demonstração de que todos os cidadãos são possíveis "danos colaterais" numa guerra sem fim contra o terrorismo. Há mortes. Muitas (nesta quarta temporada, nem os mais poderosos líderes escapam). E algumas delas, senão a maioria, referem-se a protagonistas que lutam lado a lado com Bauer contra os "evildoers". Este é precisamente o cerne do sucesso desta série. Ao contrário dos ambientes assépticos de clássicos de outros tempos ("Missão Impossível", "O Santo", "Os Soldados da Fortuna", ou até "Knight Rider - O Justiceiro"), 24 não se compadece com qualquer personagem. A ideia é simples. Exceptuando Bauer (símbolo do estoicismo que a América pretende dos seus cidadãos na luta contra o terrorismo), todos são elementos "dispensáveis" na procura de um bem maior: o prevalecer do "american way of life" como supra-sumo e dogma da civilização ocidental.
Nesta quarta temporada, o frenesim e a energia em torno de todo o conceito da série é ainda maior. O vicío alcança o seu pico. Nem mesmo a primeira temporada, que na minha opinião continua ainda a ser, na generalidade, a de melhor qualidade intrínseca, consegue viciar tanto como esta. O segredo? O mesmo espaço temporal, o triplo das ameaças. Tal como fiz nas critícas às prévias temporadas, não vou mencionar nada sobre o argumento desta temporada. Não gosto... nem quero. Para disfrutar ao máximo de 24, existem dois pequenos segredos que vos vou confidenciar: o primeiro que o espectador não necessite de a ver na televisão e esperar uma semana por cada episódio, ou seja, que disponha dos DVD’s e possa visionar toda a série em poucos dias. Não se perdem pormenores, e o vício não deixa marcas. O segundo é mais simples: ir às escuras para cada temporada e não ler nada sobre estas, pois facilmente se descobre uma ou outra reviravolta, mesmo nas capas das edições digitais. Dito isto, só falta recomendar que não se esqueçam das idas à casa-de-banho e de comerem, pelo menos, uma vez por dia. O resto, o café dá conta!
Ah, é verdade. Desta vez não houve Elisha Cuthbert, o que até não foi mau de todo, pois sempre evitaram-se as cenas com mamíferos na selva, os sequestros de babysitter e por aí adiante. Perdeu-se no “babe factor”, ganhou-se no Jack “Bring-it-on” Bauer. O fim prometeu (e confirmou-se) nova temporada e pelo que li, também a sexta já está comprada pela FOX. Como, ao contrário do que normalmente acontece, em 24 o espetáculo é cada vez maior cada temporada que passa, que venham elas. Aqui o CN está atento e não as vai deixar escapar. Faça o mesmo!
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