segunda-feira, abril 03, 2006

After the Sunset (2004)

"Golpe no Paraíso" começa onde os grandes filmes de acção terminam – com um par de ladrões profissionais em fuga para um paraíso tropical, de forma a poderem desfrutar dos resultados do seu trabalho. Após o último grande golpe - o roubo do segundo dos três famosos diamantes Napoleão - Max Burdett “O Rei dos Álibis” (Pierce Brosnan) e a sua bonita cúmplice, Lola (Salma Hayek), decidem ir passar o resto da vida tranquilamente numa ilha paradisíaca das Bahamas. Mas Stan (Woody Harrelson), o agente do FBI que passou anos na perseguição de Max, recusa-se a acreditar nesta reforma e pensa que é mais um plano para o próximo golpe... o roubo do terceiro diamante Napoleão que, por coincidência, chega às Bahamas num cruzeiro.

Com um elenco mais do que consagrado, com nomes como os de Pierce Brosnan, Salma Hayek, Woody Harrelson e Don Cheadle, e com Brett Ratner a realizar (“Rush Hour”, “Red Dragon”, “The Family Man”), “Golpe no Paraíso” poderia, e deveria, ter sido muito mais eficaz do que realmente foi. Numa fórmula mais do que batida e usada em vários outros títulos do género, o espectador desejava algo mais inovador do que as constantes excursões pelo corpo de Salma Hayek, em deterimento de um argumento inteligente.

Por isto, “After the Sunset” nunca será mais do que um filme medíocre para quem já conhece todas as trapalhices, armadilhas e truquezitos destes “heist-movies”. Brosnan fez de Brosnan e só Harrelson se evidencia no tipo de papel idiota que este tão bem sempre soube representar em “Cheers”. Hayek é utilizada praticamente como objecto e Cheadle apenas serve para entregar ainda mais credibilidade ao elenco.

Mas no meio de tanta ingenuidade argumentativa, “After the Sunset” consegue mesmo assim deleitar o cinéfilo com tudo o que este, à primeira vista, pouco estaria interessado. Falamos da direcção sonora e da fantástica fotografia, recheada de exotismo e de liberdade, e até de uma realização despreocupada, factores estes, que só perdem, e bastante, devido à previsibilidade do argumento e às representações pouco esforçadas, e até, por vezes, irritantes.

1 comentário:

Anónimo disse...

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