quarta-feira, abril 19, 2006

Hostel (2005)

Dois americanos e um islandês fazem um inter-rail pela Europa em busca de sexo, drogas e... mais sexo. Algures em Amsterdão são informados que em Bratislava é que existem gaijas e mais gaijas famintas de americanos. No entanto não é este o cenário que espera os 3 viajantes. Depois desta pequena introdução “made in CinemaXunga” e que retrata em poucas linhas toda a história do filme, passo então para uma análise qualitativa deste “Hostel”. E as primeiras palavras não pudiam ser outras que estas: tremenda desilusão.

Cliché atrás de cliché, “Hostel” não passa de outro filme de horror tipicamente adolescente, que aposta em todo o seu material violento para fazer a diferença. Pois bem, não basta. “Hostel” é um filme completamente desprovido de ideias, de uma boa intriga e de emoção. Uma pura tentativa de lucrar com o sucesso recente de “Saw”, como foi bem notório com todo o franchising e merchandising que rodeou o filme. Aliás, toda e qualquer comparação com “Saw” é simplesmente inadequada, pois neste “Hostel” não falta gore mas não há ideias, não há um cérebro que elaborasse um bom drama e um bom fio condutor durante todo o suspanse. É sangue, gajas, mais gajas nuas e novamente mais sangue e nem um neurónio lá pelo meio.

Eli Roth (realizador de “Cabin Fever”, que ainda não tive oportunidade de assistir) tinha tudo o que precisava para fazer melhor figura. Desde Tarantino na produção – e o que isso ajuda na promoção do filme – a uma base sólida sobre um centro de tortura paga algures na Eslováquia, Roth preocupou-se apenas em deixar bem marcado a sua classe a criar situações constrangedoras de violência. Ninguém retira-lhe esse mérito, mas... e um argumento sólido? Nada, mas mesmo nada do que acontece em “Hostel” é imprevisível. É aquele mesmo argumento adolescente estúpido que vimos em dezenas de outros filmes deste género, em que nos primeiros cinco minutos já sabemos quem é que vai “bater as botas” e quem é que vai ser o herói, quem é o mauzão e quem é a próxima facadinha do rebelde bonito.

E já agora, só por curiosidade, gostava de saber quais foram os efeitos deste “Hostel” no turismo da Eslováquia. É que desta obra podemos retirar duas mensagens bem claras: uma de que “Hostel” poderia ter ido muito (mas mesmo muito) mais longe, tendo em conta a excelência das suas cenas de tortura. A segunda, ainda mais clara, foi esta: “Não ponham os pés na Eslováquia, país com crianças assasinas e fábricas abandonadas que servem para torturar e assasinar estrangeiros. Eu cá aposto num decréscimo de 40% no turismo eslovaco...

8 comentários:

Anónimo disse...

Best regards from NY!
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Anónimo disse...

Very nice site! »

Rúben disse...

ola

gostei da crítica, apesar de discordar em alguns pontos...

"É sangue, gajas, mais gajas nuas e novamente mais sangue e nem um neurónio lá pelo meio."

Sim, pode dizer-se que a primeira parte do filme teve muito nudismo. Nudismo a mais, se calhar, mas não se pode dizer que o filme não tenha momentos inteligentes, até porque o s tem. Vê, por exemplo, quando Paxton chega ao albergue, depois de ficar preso na arrecadação do bar, e lhe é dito que supostamente, já tinham saído dali, de manhã. Isto dá um pouco de lógica ao filme, visto que "algo" (sítios destes onde se podia torturar, matar) assim seria um pouco difícil de esconder da polícia.

Depois, aquele detalhe das tatuagens. Aquela conversa entre Paxton e aquele vilão que tortura a japonesa é, além de estranha e doentia, expositiva, pois sabemos mais alguns detalhes sobre como as coisas funcionam.


"Eli Roth (realizador de “Cabin Fever”, que ainda não tive oportunidade de assistir) tinha tudo o que precisava para fazer melhor figura. Desde Tarantino na produção – e o que isso ajuda na promoção do filme – a uma base sólida sobre um centro de tortura paga algures na Eslováquia, Roth preocupou-se apenas em deixar bem marcado a sua classe a criar situações constrangedoras de violência."

Penso que não é bem assim... a tensão vai crescendo ao longo do filme... e acho que ficamos a saber algumas coisas sobre aqueles lugares. Contudo, se tudo fosse contado, não havia sequela... :)

"Nada, mas mesmo nada do que acontece em “Hostel” é imprevisível"

Eu não esperava aquele final, por exemplo, excelente. Não esperava encontrar as prostituas, nem aquele homem da salada, quanto mais vê-los a morrer.

"É aquele mesmo argumento adolescente estúpido que vimos em dezenas de outros filmes deste género, em que nos primeiros cinco minutos já sabemos quem é que vai “bater as botas” e quem é que vai ser o herói, quem é o mauzão e quem é a próxima facadinha do rebelde bonito."

Discordo. Normalmente, nos filmes do género, safa-se sempre quem é mais tímido e "certinho". Aqui, como sabes, isso não acontece. Se fosse por aquela ordem de ideias, quem sobreviveria seria Josh e não Paxton.

Quanto ao pormenor do turismo... acredito que tenha influenciado um pouco as pessoas.

Anónimo disse...

moxx voxex vem paki fazer kritikax u film tava um mel bue fixe...

Flying Dutchman disse...

Passei por aqui para ver se valia a pena sacar... alugar, digo, este filme, mas pela critica do grande Knoxville acho que me vou ficar por ver outros (tenho aqui os Godfather s para ver).
Rúben: para pessoas que vêem a estes posts procurar dicas para filmes, não convem ser tão spoiler, mas percebo que queiras expressar a tua opinião...
Anónimo: Isto é um blog, não um telemovel!
Bem se aínda tiveres algumas dicas para filmes para eu "alugar" agradecia Knox, estas semanas vao ser bastante calmas para mim!
Um grande abraço!

Carlos M. Reis disse...

Rúben, confesso que o filme já se varreu da minha cabeça. Não consigo argumentar os pontos que refere ;) Cumprimentos.

Gigante Dutch, dicas depende do que estás numa de ver, algo mais de culto, algo mais clássico, algo mais descontraído and so on... No entanto, provavelmente já o viste, mas recomendo-te o meu all-tive favorite "Dr.Strangelove". Um grande abraço!

Flying Dutchman disse...

Ainda nao vi! hoje e amanha vou ver os três "The Godfather"s, ouvi dizer que sao grandes filmes. Depois no fim de semana vou tentar ver o Dr.Strangelove =D depois dou feedback!
Quanto aos género de filmes tanto faz, gosto de ir variando... Vi o segundo Die Hard há dias, achei bue fixe! De qualquer das formas tenho muito por onde escolher no que toca a criticas/dicas aqui no CN, mas se tiveres assim alguns filmes que aconselhes especialmente, dicas são sempre bem-vindas!
Um grande abraço, e obrigado pela pontualidade na resposta aos comentarios :D

Carlos M. Reis disse...

Vamos lá ver então. Além do Strangelove, atira-te também ao terceiro Die Hard, para mim, bem melhor que o segundo, quase tão delicioso como o primeiro. Assim de repente, e apesar de muito provavelmente já os teres visto, atiro-te com mais três filmes dos anos 90, todos eles bem diferentes uns dos outros: Leon, Le Diner Du Cons e o Underground do Kusturica. Suficiente para uma semana em grande ;) Um grande abraço!

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