Qualificada por muitos como uma combinação dos melhores ingredientes de “ER- Serviço de Urgência” e “Sexo e a Cidade”, “Anatomia de Grey” é, sem margem para dúvidas, um dos marcos actuais da televisão norte-americana. Mas ao oposto de “ER”, o hospital em “Grey’s Anatomy” não passa de um meio para atingir um fim: o desenvolvimento dramático cómico da teia de relações que se estabelece entre médicos, estagiários, pacientes e amigos. Também em oposição a “Sex and the City”, “Anatomia de Grey” conta com incidentes, sonhos e frustrações masculinas, como tão bem prova a divertidíssima personagem de T.R. Knight, George O’Malley, o típico rapaz simpático, ao qual, ao contrário do que este desejava, as raparigas o tomam como um “irmão”.
Com um primeiro ano “curto” (apenas nove episódios), “Anatomia de Grey” explora nesta temporada de estreia a vida de um grupo de novos médicos internos do Hospital de Seattle (entre eles a famosa Meredith Grey, filha de uma lenda da medicina norte-americana). De “paixonetas” por médicos residentes, a conflitos internos e problemas familiares, a “Grey’s Anatomy” nada falta. E tudo polvilhado com um sensível e requintado sentido de humor.
Em cada episódio são tratados vários pacientes, quase numa estrutura de “um por caloiro”, mas em que todos eles, sem excepção, apenas servem para desenvolver o enredo principal relacional com algum tipo de moralidade ou conclusão. Longe do estilo da melhor série médica do momento, “House M.D”, “Anatomia de Grey” é, mesmo assim, refrescante. Refrescante porque cada episódio tem princípio, meio, fim, moral e objectivo. É uma verdadeira delícia assistir à evolução dos sentimentos de cada uma das personagens para com as outras consoante o passar das experiências clínicas.
“Anatomia de Grey” é, em conclusão, uma série inteligente e divertida sobre a vida de um grupo de jovens que lutam para ser médicos e de médicos que lutam para continuarem a ser humanos. E rezam as críticas que a segunda temporada é infinitamente superior a esta primeira. A descortinar, em breve. A ser verdade, será absolutamente fenomenal. Pois é meus amigos, a medicina é que está a dar… as audiências que o digam!
3 comentários:
a única série q leva às lágrimas :')
Não é a única, mas é uma "das"... ;) Que o diga a minha namorada, que chorou baba e ranho no final da segunda temporada! Beijinhos.
Muito interessante sua idéia de escrever sobre filmes, séries e afins. Este seriado é interessante exatamente pelo que disse "acompanhar a mudança, a evolução do sentimento de cada um" bem como não abrir mão do humano em detrimento da profissão, pois abrir mão ajudaria muito, por um lado.
Acabei de elaborar um blog com comentários sobre filmes tendo a análise psicológica como pano de fundo. Se puder visitar..
Um abraço e parabéns!
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