Conners (Statham) é um polícia problemático, que faz tudo à sua maneira e responde torto a qualquer um. Ao ser responsável pela morte de uma rapariga inocente que estava sobre uma situação de sequestro, é suspenso por algum tempo e para regressar ao activo, é obrigado a trabalhar com Shane (Phillippe), um novato na profissão mas reconhecido entre os seus por ser o filho de uma lenda da profissão. Juntos, são chamados para resolver um assalto a um banco, comandado por Lorenz (Snipes). Mas este está longe de ser um assaltante com métodos ortodoxos e muitos mais peões podem estar em jogo sem sequer terem noção disso. Tudo envolto numa sequência de acontecimentos bastante semelhantes aos descritos na Teoria do Caos.
“Caos” é o mais recente thriller de acção do ainda desconhecido Tony Giglio e, sem dúvida alguma, o seu filme com maior projecção comercial até ao momento. Com um elenco carismático composto por Jason Statham, Wesley Snipes e Ryan Phillippe, Giglio possuia pela primeira vez na sua carreira de nomes suficientemente fortes para vender a sua obra. E apesar de ter ficado longe de quebrar os convencionalismos habituais do género, “Chaos” está longe de roçar a debilidade argumentativa pós-tiroteios do costume neste tipo de cinema de acção de baixos custos.
A reviravolta final do argumento, quando a acção em cena já era, acaba mesmo por ser o maior trunfo de um filme que flui aos solavancos e necessita do twist para sobreviver a uma intriga que desfalecia a olhos vistos, depois um promissor prelúdio. Com muita classe – como sempre - de um dos melhores actores de acção do momento, Statham e um Ryan Phillippe cumpridor, só deixa alguma tristeza no espectador a confirmação da inumação de Snipes, que filme após filme, piora o seu registo e deixa saudades dos tempos de “U.S. Marshals”, “Demolition Man” ou “Passenger 57”. E foi óptimo rever uma provocadora Jessica Steen (“Armageddon” e “Trial and Error”), mesmo que tenha sido apenas por alguns momentos. Uma actriz que tinha tudo para dar certo mas inexplicavelmente ficou por episódios soltos em carradas de séries televisivas e participações insignificantes como esta em “Caos”. Em suma, um filme que surpreende perto do final, mas que nunca deixa de saber a pouco.
7 comentários:
Comecei a ler o início do teu texto e pensei logo "só clichés" :S
A verdade é que a premissa é um imenso cliche, bastante batido nos tempos recentes de Hollywood. Por isso, pensaste bem :)
Eu gostei do filme e penso que o enfraquecimento da acção só ocorreu na previsibilidade da "não morte" de Conners. Todavia, o final (apesar de termos tudo no início que nos permitisse antecipar a conclusão eu não o fiz) recupera o fôlego.
A nota negativa é mesmo Wesley Snipes.
Sim, o final recupera claramente o filme e salva-o de certa forma. Snipes está péssimo. Cumprimentos Secret!
Cliché atás de cliché, atrás de cliché. Quase adormeci na sala de tão bocejante que o filme se tornou. Que desperdício de actores. E se o personagem do Snipes - que até nem é actor que eu adore - fosse melhor desenvolvido podíamos ter um filme, no mínimo, razoável.
Sem dúvida. Mas mesmo com pouco desenvolvimento, a verdade é que a prestação de Snipes é absolutamente rídicula. Não é dos meus favoritos, mas é actor para muito mais.
Um abraço.
Mas o homem anda fugido, acham que ainda tem tempo para ter boas prestações nos filmes ?!
Hehehe :D
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