Depois de entregues os galardões nas categorias de Melhor Actor e Actriz Secundários, Tagline, Memorablia, Blogue do Ano, Crítica do Ano, Artigo do Ano, Personagem, Apêndices Mamários e Poster, chega finalmente a altura de premiar aquelas que são consideradas as categorias mais importantes do ramo. Assim sendo, e voltando a lembrar que ficaram muitos filmes por ver em 2006, deixo-vos aqueles que para mim foram, os melhores dos melhores no ano que já lá vai.
Little Miss Sunshine
“Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos” é um filme sobre a importância, a função e o valor da família. Um filme que observa uma família excêntrica e aparentemente improvável, mas que revela ter muito de normal. Integrados na cultura americana do sucesso, sofrendo a pressão do seus próprios insucessos, os Hoover vivem à beira da implosão como família, chocam, discutem, detestam-se, mas acabam por encontrar uns nos outros, o apoio para lidar com a incerteza da vida. Um filme que oscila céleramente entre a comédia e o drama, entre o riso e as lágrimas. Espero, honestamente, que seja laureado com um Óscar.
Paul Giamatti em Lady in the Water
A interpretação de Giamatti é monumental. Ora com tiques nervosos, ora solto e relaxado, Giamatti tão facilmente nos provoca o mais genuíno sorriso como nos conquista com a mais fértil faceta de ingenuidade humana. Simplesmente brilhante, num filme de extremos. Um ano em cheio, onde também marcou presença nos conceituados "The Illusionist" e "Cinderella Man".
Natalie Portman em V for Vendetta
Natalie arranca uma interpretação tão fantástica em "V de Vingança" que acaba por conseguir ser o espelho de todas as perguntas que o filme deixa no ar. De cabelo rapado, absolutamente arrebatadora e com um potencial enorme ainda por desbravar, Natalie é o eixo central que justifica qualquer acto de terrorismo ou convicção profunda. A maior promessa (embora já confirmada) de Hollywood para os anos que se avizinham. É caso para dizer, "com Portman, é Natalie todos os dias!"
Martin Campbell por Casino Royale
Falou-se muito de Daniel Craig e quase todos esqueceram Campbell. É ele o responsável número "uno" pela tremenda revolução que a saga conseguiu suportar. Da intensa carga dramática das personagens, à dureza e aparente arrogância do novo Bond, passando pelo realismo quase surreal quando falamos de 007, tudo passou pelas mãos do tarefeiro Martin Campbell. A ele se deve o renascimento de um velho mito do cinema de espionagem. Obrigado Sir Campbell... mas para a próxima traga-nos o velhinho Q, pode ser?
15 comentários:
Compreendo todas as tuas escolhas menos a do realizador... Num ano em que tivemos Iñarritu, Shyamalan, Spielberg, de Palma, Woody Allen, Cronenberg entre muitos outros, escolher Campbell como melhor realizador é um bocadito exagerado :P Mas pronto opiniões :) Abraço
De todos os que referiste, só vi as obras de Cronenberg e Shyamalan. E achei este Casino Royale uma pequena revolução esquecida por muitos (ou atribuida a Craig) e que merecia esta distinção a Campbell. Um grande abraço Pedro.
Um tarefeiro como melhor realizador?? Enfim...são opiniões.
É verdade, são opiniões. E já dizia Pessoa que ter opiniões é estar vendido a si mesmo. Não ter opiniões é existir e ter todas as opiniões para si mesmo como certas e inquestionáveis é ser poeta. E não sou poeta, apenas vendido a mim mesmo.
Cumprimentos.
Desculpa o aparte, mas é só para dizer o quanto te invejo, Knoxville. Já tens hate comments. Também queria um anónimo artista para mim :D lol
Mais a sério, sobre este assunto. Ainda não vi o Casino Royale, por isso não posso opinar.
Pois é... Martin Campbell? Ok, eu compreendo as razões que te levaram a escolhê-lo. É quase um prémio de consolação. Para ele!
Cumps ;)
Dermot, sabes como é, em qualquer lado só se aprende com quem se gosta. E a minha sede de sofrer com quem retira prazer de cá vir só para chatear está em alta :)
Edgar, eu expliquei no post a minha escolha. Todos os méritos de Casino Royale foram dados em Craig e ninguém se lembrou do homem por detrás da camerâ. Remendei esse facto, e além disso, como referi várias vezes, vi muito pouco cinema neste ano que passou, e as minhas escolhas foram limitadas. Se tivesse visto The Departed, certamente teria dado o prémio ao meu realizador favorito: Scorcese. Mas não vi. É assim a vida. Um abraço!
Sinceramente, até gostei da escolha como realizador. Não era a minha... como sabes, mas compreendo as razões que te levaram a dar-lhe a maior "honra". Teria no entanto compreendido melhor se tivesses escolhido a dupla do Little Miss Sunshine.
Abraço!
Realmente Casino Royale deu um abanão genial (e necessário) na série e abanou alguns alicerces e lugares-comuns de Bond que já me estavam a cansar..
E o filme não poderia fazer tanto só graças ao actor principal, por isso vale a pena lembrar às pessoas quem é Campbell. É que realmente acho que quase ninguem sabe!
Assim acaba por ser uma boa escolha na intenção.. mas mesmo assim... em níveis absolutos houve muito melhores trabalhos..
:)
LeStrange
Em todas as categorias, as tuas escolhas não são nem seriam as minhas, mas por isso é que estão aqui ;)
Cinema acima de tudo!
Ricardo, um abraço :)
Bárbara, antes de mais, obrigado pela visita. De resto, conseguiu explicar por melhores palavras o meu acto que eu próprio. Cumprimentos :)
Wasted ;) Dá uma olhadela no teu e-mail quando puderes.
E eu compreendo que vocês não compreendam, mas a minha explicação para tal escolha está debaixo do nome de Campbell. Se foi o melhor? Não, certamente houve melhores. Se foi completamente esquecido devido a Craig? Sim, e isso fez com que eu achasse justo referi-lo :)
Cumprimentos Helena :)
:D Obrigada.
E hei-de passar por aqui muitas mais vezes...
A discussão está interessante! ;)
Cumprimentos,
LeStrange, no Wordpress.
Quem agradece sou eu :)
Cumprimentos.
ja ligavas o tele..... beijinhos*
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