Baseado em acontecimentos reais ocorridos em 480 A.C. na antiga Grécia, esta cintilante adaptação gráfica de Frank Miller (Sin City) para o cinema, é protagonizada por Gerard Butler, como Rei Leónidas e por um irreconhecível mas surpreendente Rodrigo Santoro como Xerxes, um Deus-Rei corrupto e maléfico que pretende dominar o mundo. Incapaz de reunir todo o exército de Esparta, devido à falta de autorização do conselho de ministros para travar uma Guerra, Leónidas junta 300 dos seus melhores soldados para partir num “passeio”, - como o apelida - nos quais os soldados escolhidos serão a sua guarda pessoal. Com cenários virtuais que passam despercebidos devido ao seu realismo, um Gerard Butler sumptuoso e uma banda sonora soberba, esta história de coragem e auto-sacrifício é uma verdadeira inspiração, num novo estilo que pode muito bem ser, o Cinema do futuro.
Visualmente e sonoramente avassalador, “300” alcança o notável mérito de nos fazer sentir um dos trezentos Espartanos, tal a proximidade e intensidade emocional da fita e das personagens espartanas. A própria Lena Headey (a Rainha de Esparta), com a sua feminilidade demarcada - com tudo o que isso acarreta de positivo e negativo - e importância no desenrolar dos acontecimentos, irá certamente agradar e tocar no fundo do coração feminino mais duvidoso. E “300” é isto mesmo, um filme que pretende agradar a gregos e troianos, numa dança bem preparada de violência, estilo e atitude.
Os próprios diálogos, apesar breves e concisos, abalam e sacodem o espectador com um vigor e energia como há muito não se via numa sala de cinema. Não existe obra que se equipare a “300”, e compará-lo a uma articulação entre “Sin City” e “Gladiador” pode ser redutor, apesar de substancialmente leal. Porque “300” traz consigo um novo tipo de épico, o da alta-definição, o do iPod (como alguém o disse recentemente). É, por assim dizer, um “neo-épico”, onde o principal triunfo não é o visual arrasador, mas a confluência deste aspecto com uma narrativa poderosa, um elenco arrasador e uma banda sonora enérgica que rompe com normas e paradigmas. A não perder.
22 comentários:
Gostava de ter tido tempo para ir ao cinema na Dinamarca mas foi impossível. Nem para dormir houve tempo. De qualquer forma, pela abundância de cartazes que vi com filmes nacionais, parece-me que eles têm alguma produção.
Quanto a 300, vou roendo as unhas insistentemente até 5a feira e quase aposto que vamos ter uma polémica ou outra à custa das críticas que por aí vão andar.
Faltam aproximadamente 76h...counting down...
Não me digas que viste o filme dobrado em espanhol :P
já tive a hipotese de o ver priateado... mas este é daqueles que não se pode perder no grande ecrã!
abraço
Ai ai, que só me deixas mais em pulgas!!!
Olha aproveito para dizer que o meu blog de cinema voltou ao activo.
Abraços
Eu já contava ir ver este filme, mas fiquei absolutamente magnetizada com o teu post!
Quando vi o trailer pela primeira vez, fui logo arranjar forma de ler a BD e enquanto a lia só pensava: "isto realmente daria um granda filme" por isso a minha expectitiva está no topo =P
Estou à espera de um filme muito bonito de ser ver, mas com uma história simples e banal... já o contava ir ver, mas a tua crítica aguçou-me ainda mais a curiosidade. Chamar a "300" o "Cinema do futuro"? Hmm... estou algo céptico. Esperemos que o filme me surpreenda :).
Mas olha lá, onde é que viste o filme? Não me digas que és jornalista e foste a um visionamento de imprensa, ou viste-o nas versões -PukkA- ranhosas em DVdscreener :P
E “neo-épico” é neo-vocabulário. Gostei ;)
Vale a pena sim senhor! ;)
Ando a contar os dias desde que vi a apresentação do filme, agora depois do teu post, ainda mais!!! ;)
Eu tb já vi, e vou ver novamente ao cinema!
Só espero que não seja uma desilusão!
Abraço knoxville!
Uma Páscoa Feliz, Knox !
Vi o filme em Puerto Banús, que é uma espécie de Vilamoura espanhola, ou seja, com quase mais ingleses que portugueses. Os cinemas tinham duas salas para cada filme, com a versão original e a dobrada. Mas não escapei a um absurdamente lunático Dr.House espanhol nas televisões. Honestamente, não percebo como é que as dobragens são aceites pela maioria por essa Europa fora. É absurdo, tudo perde a sua essência.
Cumprimentos a todos, obrigado pela visita! O CN retoma o seu normal funcionamento dentro de momentos :)
Parece que este é o post para falar de 300, ou melhor, não falar. Como não poderia deixar de ser já o visionei e as poucas palavras que tenho para o descrever é que este é daqueles merece uma tela gigante para o ver e ouvir. A acrescentar a tudo o que já foi dito, o filme ainda tem aqui e acolá uma pitada de humor que caí brilhantemente.
Aquele Abraço
Humm... caro Knoxville, acho que estamos também em desacordo... para mim não foi tanto um neo-épico, foi mais um pseudo-épico ;p
André e Helena, é um filme de extremos. Ou se gosta do estilo, e é apreciado com muito prazer, ou não entra logo à primeira e é desprezado. Percebo ambas as partes.
Cumprimentos!
Ora imeginem-me a querer testar o novo CinemaCity de Leiria (Tanto publicitado entre a impressa portuguesa pelas suas inovações, e caracteristicas) e que filmes que me calha :D 300 prefeito para a estreia...
Imaginem-se a ver este filme repleto de efeitos especiais numa tela de 200m2 (segundo publicitam,não lhe fui tirar as medidas, mas afirmo que é potentoso :O) com um fantastico e envolvente sistema sonoro... Uma das melhores experiencias audiovisuais da minha vida ;)
Grande filmes, grande Frank Miller...
[]'s
Já faltou mais para ir rever o filme, mas ao Beloura City. Fiquei tentado :)
Cumprimentos Sérgio.
Sim, axo que o Beloura é da mesma empresa, e é um cinema do mesmo genero...
Mas pelo q tem sido publicitado, axo que vi o filme na melhor sala de cinema do pais (há que fazzel publicidade a minha terra :D :D)
Recomendo-te a veres o filme no Beloura ;)
Beloura, Campo Pequeno e Leira é tudo a mesma empresa, o mesmo tipo de salas (pelo menos, segundo os panfletos). O problema é com tantas estreias jeitosas esta semana, ir repetir um filme. Mas veremos.
Um abraço!
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