São dezenas os filmes apontados aqui num bloco de notas que nunca chegaram a passar pelo Cinema Notebook na altura do seu visionamento. Para arrumar a casa, tenciono deixar-vos algumas breves notas, aos pares, tal como as meias são enfiadas numa gaveta: de forma rápida, mas organizada.
Boo (2005)
Na noite de Halloween, um grupo de amigos resolve ir dar uma voltinha a um sinistro hospital abandonado que, segundo contam os mais supersticiosos, mata misteriosamente quem por lá passa. E assim confirma-se, quando uma noite pintada em tons de diversão rapidamente se transforma num pesadelo sem saída, em que cada um tem que lutar pela sua própria vida e o azar parece explicar tudo.
Em poucas palavras, podemos afirmar que “Boo” de Anthony Ferrante - responsável pelo visual de alguns títulos conhecidos de terror, como “The Dentist” ou “Arachnid” - é pavorosamente funesto e insultuoso. Insultuoso porque trata o conceito do filme, mais do que banal, e o próprio espectador como qualquer coisa entorpecida e infértil, que não conhece ou reconhece os esquemas e artimanhas do género. Apesar do visual cuidado e sombrio, Ferrante claudica mais uma vez na escolha do elenco, que com interpretações excessivamente teatrais, fazem com que um filme assumidamente tenebroso se transforme numa risada pegada. Das tristes.
Scary Movie 4 (2006)
Quatro. Número mágico deste quarto capítulo da saga “Scary Movie”. Quatro foram os filmes parodiados, burlescamente transformados (“Saw”, “The Village”, “The Grudge” e “War of The Worlds”), quatro foram o número de tentativas de esboçar um sorriso durante o filme, quatro – mil! - foram as vezes em que desejei estar a rever o primeiro invés de visionar este último. Porque nenhuma maldição é forte demais, nenhuma vila é suficientemente segura, nenhuma serra eléctrica é afiada demais para impedir o descalabro total de um dos mais promissores realizadores de comédia dos anos 80. Sim, porque foi Zucker quem nos trouxe comédias hilariantes como “Airplane”, “Top Secret” ou “The Naked Gun” e custa associar a este currículo “Scary Movie 4”. Para não dizer que é preciso paciência para ver Leslie Nielsen fazer a mesma careta em trinta anos de carreira.
3 comentários:
Confesso que o 3º Scary Movie me deu um gozo enorme e umas gargalhads a condizer ;) O mesmo não digo desse 4º.....
Eu só gostei do primeiro. O segundo foi um desastre, o terceiro teve um ou dois momentos positivos e este quarto foi outra desgraça. E o pior é que o quinto já está garantido para o ano. Enfim...
Um abraço Edgar!
Discordo da análise, eu fartei-me de rir com as piadas. Algumas eram secas, mas eu rio-me com piadas secas lol.
"Scary Movie 4 - Que Susto de Filme!": 4*
Recomendo que o vejam pois é bastante bom. Foi o primeiro filme da franquia que vi no cinema.
Cumprimentos, Frederico Daniel.
Enviar um comentário