segunda-feira, abril 16, 2007

The Last Kiss (2006)

Michael (Zach Braff “Scrubs”) está a um mês do seu trigésimo aniversário e tem tudo o que sempre quis – incluindo a sua namorada de infância, Jenna (Jacinda Barrett “Poseidon”). Mas quando ela engravida, Michael receia que a sua relação se torne numa pena perpétua de obrigações e rotinas. Assustado e indeciso, conhece Kim (Rachel Bilson “The O.C”), uma jovem estudante sensual e descontraída, que personifica toda a espontaneidade que falta na sua vida. Uma história que nos relata e descreve a vida sentimental de um grupo de grandes amigos, em que o amor, o casamento e o compromisso ameaçam tornar jovens adolescentes em homens adultos.

Da co-autoria de Paul Haggis, escritor multi-galardoado por “Crash” ou “Million Dollar Baby”, “O Último Beijo” é uma adaptação inteligente, divertida e penetrante de uma obra que só interessa ao espectador mais dotado de inteligência emocional e experiência relacional. Isto porque é um filme que, com os demais exemplos interpessoais que cada um dos casais representa, engendra e engenha um processo de identificação da testemunha do acto com o sujeito do “crime”. Desta forma, não será tarefa árdua compreender que “The Last Kiss” não deve ser visto com “a outra metade”, de forma a evitar um percurso de caminhos inevitáveis de confronto e comparação, que certamente levantarão as mais desairosas questões.

E desengane-se quem pensa que “O Último Beijo” é uma comédia romântica, tal como vem apelidado nas sinopses de jornais e revistas, e como aliás, o próprio título parece indicar. É sim, um drama intenso, com toques aqui e ali de comédia – quase todos de Braff -, que explora de forma quase irrepreensível e imaculada a peculiar ignorância que cada um de nós absorve durante a nossa juventude/maturação sobre aquilo que realmente importa nas nossas vidas. De forma pungente e compassiva, com coração, alguns sorrisos e um elenco sólido e sumptuoso, onde naturalmente Zach Braff merece especial destaque. Uma fita cinematográfica cheia de intenção, com uma narrativa reconhecida em centenas de outras películas – mas que mesmo assim triunfa de forma original - e que certamente irá suscitar opiniões e avaliações extremistas. Para uns será comovente e dolorosamente real. Para outros, não será nada mais do que hora e meia de acção insuportável e extremamente aborrecida. A Arte a imitar a Vida tal como ela é.

6 comentários:

Anónimo disse...

Ah, tou mortinha por apanhar esse aí no blockbuster mais próximo!
E espero mesmo que o Zach Braff nao desapareça nos próximos anos, o rapaz tem tanto pra dar..

Cumprimentos! :)

Carlos M. Reis disse...

Não irá certamente. É adorado por muitos devido a "Scrubs" e já demonstrou que tem jeito para a coisa com "Garden State". Vai continuar a dar que falar certamente :)

Cumprimentos Bárbara!

Anónimo disse...

Gostei do filme... É Paul Haggis e basta :)

Certamente não gostei mais devido a minha tenra idade e inexperiencia... Ser jovem tem destas coisas :D

Cumps.

Carlos M. Reis disse...

Sem dúvida, este é um filme que tende a ser mais apreciado conforme a experiência a nível de relações de cada um, e por consequência, a sua idade. Apesar de ainda jovem, consegui identificar todos aqueles "géneros" em colegas ou mesmo familiares. Brilhante. Um abraço Sérgio.

Anónimo disse...

so um pergunta...

juro que já vi um filme exactamente igual (ou muito muito muito mas muito parecido), mas com diferentes actores... tanto que eu a meio do filme já sabia muitas coisas que iam acontecer...

este filme nao foi adaptado de outro ou qualquer coisa do genero ?

Carlos M. Reis disse...

Tal como disse na análise, é uma adaptação. O filme original é italiano e tem por nome "L'ultimo Baccio". É do realizador de "The Pursuit of Happyness".

Cumprimentos :)

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