sábado, maio 19, 2007

The Fountain (2006)

"Um filme tão luminescente como a própria vida. Nas lágrimas de Hugh Jackman reencontro o meu próprio desespero da morte. Não a minha, mas a do meu próximo; alguém que, por egoísmo meu, tento manter presa a mim mesmo, ainda que ela própria já não o deseje." por Tiago Pimentel em Claquete.

"The Fountain é uma viagem sensorial que parte de um intimismo comovente para atingir o êxtase numa representação grandiosa da Morte como Vida. O percurso até lá não é necessariamente perfeito, mas as obras mais marcantes nem sempre rimam com a perfeição. Não é um filme de complexidade, é um filme de fé e determinação. De uma beleza miraculosa e de uma intensidade emocional que o tornam difícil de esquecer." por Tiago Costa em Claquete.

"Extraordinária também, como sempre, essa banda sonora da autoria de Clint Mansell, deixando desta vez de lado os acordes electrónicos e criando um portento que tanto sobrevive com as imagens como longe delas. E depois... depois temos essa entrega fenomenal de Hugh Jackman, completamente imerso na sua personagem, capaz de nos levar às lágrimas e de nos transmitir toda a sensação de impotência que lhe invade a alma com um simples olhar." por Paulo Costa em CinePT.

"Raramente surgem em cinema objectos de uma pura originalidade que acabam por levar a arte a meandros do inalcançável e que, silenciosamente, acabam por revolucionar o meio como o percepcionamos. The Fountain de Darren Aronofksy é uma dessas obras que toca o impossível e proporciona uma autêntica odisseia dos sentidos, o despertar de novas sensações. “Transcendente” é uma palavra demasiado frívola para descrever um filme que não tem precedentes e que nos envolve (ou não, visto tratar-se já num filme de culto algo incompreendido) de uma forma tão imprevisível, tocante e insubordinada. A visão de Aronofsky é tão única quanto complexa e densa e é das experiências mais singulares passíveis de serem vividas pelo cinema." por Nuno Gonçalves em Mulholland Drive.

"The Fountain é um Poema divinamente existencialista, imerso em conjunturas meditativas e contemplativas. Seu sistema de signos articula-se para compor um discurso. Não é fundamental desvendar todas as suas verdades camufladas, mas absorver o máximo da expedição que nos imerge pelos níveis da subconsciência (princípio de qualquer contemplação artística). “The Fountain” é Romance como Revelação e Ficção Científica como Oração. Seu conteúdo é imortal. Mesmo quando os violinos gemem e gritam estridentes num final arrebatadoramente orgásmico, sente-se a pulsação de uma Obra Transcendental que sobreviverá para além de uma sala de Cinema, alojando-se no âmago de quem sorver toda a sua excelência." por Francisco Mendes em Pasmos Filtrados.

Quando se fica em choque, sem palavras, o melhor é mesmo citar os vocábulos de quem conseguiu expressar o que viveu através dos seus sentidos. Apenas uma linha para asseverar que "O Último Capítulo" foi, é e será para todo o sempre abismal e eterno... como o Amor. Obrigado Aronofsky.

23 comentários:

Bracken disse...

É uma pena não ter conseguido ver este filme. Para quando o lançamento em DVD?
Abraço,
Bracken.
P.s.- O Joost funcionou?

Carlos M. Reis disse...

O filme nos EUA saiu em DVD no dia 15 de Maio. Cá em Portugal, julgo que já vi algures finais de Agosto. Compra obrigatória.

O Joost funcionou às mil maravilhas. Desculpa não ter ido retribuir um agradecimento, mas deitei-me logo a seguir nesse dia e nunca mais me lembrei do Joost. Um abraço Bracken.

Gonçalo Trindade disse...

Ahh, afinal de contas sempre o viste (e ainda bem! Estava extremamente curioso por saber a tua opinião).

É, de facto, uma obra-prima. Uma verdadeira experiência que estimula não só os sentidos, mas também a alma. Aronofsky é um dos grandes visionários do cinema actual.

brain-mixer disse...

Mas só agora o viste? Assim não podes dizer que é o melhor filme de 2006, mas sim -por enquanto- de 2007... (Ou também segues pelas datas norte-americanas?)

Carlos M. Reis disse...

Foi uma maneira de responder ao teu e-mail Gonçalo :) Um grande abraço.

Edgar, eu sigo as datas do IMDB, sempre o fiz. Daqui a três, quatro, dez anos, o filme será datado de 2006 e ninguém se lembrará do ano de estreia em Portugal. Um abraço.

Gonçalo Trindade disse...

E foi uma excelente resposta :). Uma coisa que me maravilha é verificar que cá em Portugal o filme está a ganhar uma pequena legião de fãs, mesmo só tendo estreado em duas salas. Fiquei tantos meses há espera deste filme, fascinado pelo conceito. Durante esses meses, vi as duas outras obras de Aronofsky... algo que aumentou ainda mais as minhas expectativas em relação a "The Fountain". E no final... o filme acabou por não ser aquilo que esperava. Foi algo muito, muito melhor. Algo simplesmente transcendente. Creio que aquilo que disseste resume tudo: ""O Último Capítulo" foi, é e será para todo o sempre abismal e eterno... como o Amor".

Um grande abraço, Knox!

Carlos M. Reis disse...

Sim, ao contrário da legião de "odiadores" que criou nos jornais e nas revistas nacionais, em que foi brindado com bolas pretas a torto e a direito. O costume.

Um grande abraço Gonçalo.

Anónimo disse...

Lindo, Knox. ;)
O filme e o comentário..

Bj

Anónimo disse...

Olá Knox!
Já tinha lido grande parte dessas citações lá nos blogs deles e concordo com cada uma delas.

Já vi o filme e simplesmente adorei. Ainda não tive tempo de deixar lá a minha opinião no meu espaço mas... parece que já tudo foi dito!

Já agora... gostei da maneira como expressaste o que significou para ti.

Abraço

Anónimo disse...

Já conheces a minha opinião sobre o filme...

De qualquer modo, respeito os gostos de cada um, e sendo assim, ainda bem que gostaste do filme!

Anónimo disse...

Não vi, mas fiquei cheio de vontade.
Penso que ainda não saiu em dvd, pois não?

Abraço cinéfilo

Carlos M. Reis disse...

Bárbara, beijinhos. Obrigado pela visita :)

Simão, fico à espera da tua análise então. Um abraço!

RJ, se todos gostassemos do mesmo, o cinema não tinha piada nenhuma :) Um abraço!

José, em Portugal ainda não. Julgo que sai em Agosto (não tenho a certeza). Um abraço cinéfilo :)

Carlos Pereira disse...

Nunca vi um filme que me tivesse tocado de tal forma. Não sei explicá-lo, mas The Fountain representa, para mim, o expoente máximo do cinema. Em primeiro lugar, porque cada imagem nos permanece na memória de forma plena, quase como se de uma epifania religiosa se tratasse. Em segundo lugar, porque The Fountain está muito para lá das suas imagens: vê-se muito, mas sente-se ainda mais! Obra-prima!

Abraço Knoxville, e ainda bem que o viste. É uma obra obrigatória ;)

Carlos M. Reis disse...

Carlos, sem dúvida, um dos favoritos à partida para filme do ano, nas habituais contagens de final de ano. Dificilmente será ultrapassado. Como dizes, "vê-se muito, mas sente-se ainda mais". Magistral :)

Um abraço!

Anónimo disse...

Eu esteve meses à espera do seu lançamento em portugal, e consequentemente na minha cidade... e NADA! é impressionante =( agora só mesmo em DVD.

Carlos M. Reis disse...

Esteve em duas salas em Portugal. Uma em Lisboa, outra no Porto. É normal que não o tenhas apanhado. Quando chegar em DVD, não o deixes fugir :)

Cumprimentos Filipe.

Anónimo disse...

fui kompletamente as eskuras para o filme, mesmo nao gostando mto do Hugh e ainda menos da actriz principal, Rachel qqr coisa.. Conclusao, aguentei 20 minutos e desisti, tal é a loucura do filme, sem qualquer sentido! Sou um amante de cinema mas acho que se chegou ao ponto de se inventar de mais para fazer um filme e cair-se no ridiculo. Ponham-se no lugar da pessoa que vai ver o filme e vejam o inicio, nada faz sentido e so os mais pacientes aguentam... Confesso que nesse dia nao tava com paciencia para pseudo-intelectualices-neoromanticas, lol mas, como sempre dou o benificio da duvida e vou ver ate ao fim :) lembrei-me agora dum filme que foi mto aclamado e que detestei, que foi aquele com o Jim Carrey, agora nao me recordo do nome, pera, imdb.. search.. ah, Eternal Sunshine of the Spotless Mind... bem aqui fica a minha modesta opiniao dos primeiros 20 minutos, espero depois voltar com os meus pedidos de desculpa e o louvar do filme... ou nao, ou nao... ;) grande abraço

Carlos M. Reis disse...

Percebo o que dizes justbond, mas no entanto deves dar uma oportunidade a The Fountain. O objectivo é que as coisas façam sentido no final, não no início :) Quanto ao Eternal Sunshine of a Spotless Mind, também o achei sobrevalorizado.

Um forte abraço, bons olhos te vejam :)

Anónimo disse...

Obra prima... Tento descreve-lo, mas é impossivel :O

Não é um filme para se ver, é um filme para se olhar... Não é um filme para se perceber, é um filme para se sentir...


Unico, genial, magistal, explendido, arrebatador, esmagador... Sei lá, não há forma de o descrever.

Ainda estou a tentar cair em mim depois desta explosão de sensações a que o filme nos submete!

PS: Também adorei a forma como demonstraste o quanto gostaste do filme.

Carlos M. Reis disse...

Acabaste de o fazer caro Sérgio. Descreveste-o muito bem :) Um forte abraço.

Anónimo disse...

O Aronofsky, esta a contruir e a conquistar um "restrito" grupo de admiradores...... da qual eu ainda não faço parte.



cumpts.

Carlos M. Reis disse...

Cada um como cada qual caro Nasp ;) Um abraço.

Roberto Simões disse...

É.
Uma obra de arte extraordinária.

Cumps.

Roberto F. A. Simões
CINEROAD

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