Com dez anos de idade, Charlie (Dane Cook) e Stu (Dan Fogler) desafiam, juntamente com um grupo de amigos e amigas de escola, a sorte e o azar no jogo da garrafa "casamenteira". A Stu, o miúdo gordo e desavergonhado, calha a rapariga dos sonhos de qualquer petiz de quinto ano. Ao engraçado mas tímido Charlie, calha uma miudinha gótica, absolutamente marada da cabeça e a quem Charlie acaba por recusar um beijo. Ofendida, a rapariga lança-lhe uma maldição que vaticina que, no futuro, as mulheres irão cair que nem "chuva" na cama de Charlie, mas nenhuma sentirá nada por ele na manhã seguinte, casando-se com o namorado seguinte. Agora, nos seus trintas, Charlie é conhecido como um "Amuleto de Sorte" para qualquer mulher à busca do seu príncipe encantado, facto que o leva a "facturar" quem nem o Zezé Camarinha. Tudo até ao dia em que se apaixona por Cam (Jessica Alba), a mulher dos seus sonhos - e dos nossos, já agora -, que não pode, por mais que Charlie queira, cair na sua cama enquanto o feitiço não for quebrado.
"Elas Não Me Largam" - que, já agora, é uma tradução tão trivial do título original que é bem capaz de ter sido escolhida pela senhora que ineficazmente legendou a fita - é hora e meia quase sempre divertida - culpa de Cook -, muitas vezes rude - delito de Fogler- e impiedosamente libidinosa - pecado da graciosa Alba -. Realizado pelo desconhecido Mark Helfrich, "Good Luck Chuck" desvia-se da habitual pieguice e extrema parvoíce geek do género que aborda, muito devido ao estilo cómico profundamente personalizado de Dane Cook, um dos mais respeitados e amados humoristas da nova geração de comediantes de palco norte-americanos. E se triunfa com gargalhadas simples nas várias armadilhas ingénuas que cria, também não é menos verdade que a simplicidade donairosa de Alba faz tudo o resto, amolecendo o coração da audiência e alimentando uma cumplicidade fatal e irresistível com o desenrolar da relação amorosa. E só muito dificilmente uma narrativa que envolvesse Alba, pinguins com atitude e uma mulher com três seios não levaria quatro estrelas deste blogue orgulhosamente leviano.
4 comentários:
Não sei se já reparaste nas semelhanças entre esse poster e esta capa da Rolling Stone:
Capa
Foi a primeira coisa de que me lembrei mal vi esse poster ;)
Não fazia a menor a ideia Fábio. Bem apanhado ;)
Um abraço!
Quatro estrelas?! o_o
Eu acho que a expressão "orgulhosamente leviano" justifica qualquer classificação absurda :)
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