A esquadra treze de Los Angeles está prestes a ser encerrada. Com poucos funcionários e os principais serviços de subsistência desactivados – como a luz ou os telefones -, ao Tenente Ethan Bishop apenas era pedido que estivesse atento a qualquer emergência que pudesse ocorrer na zona. E, na última noite da esquadra, eis que um grupo de condenados à pena de morte acaba por ter que pernoitar na esquadra. Mas nem mesmo estes imaginavam que um gang em fúria cercasse o edifício para se vingar de um homem que decidiu fazer justiça pelas próprias mãos e procurou a protecção da polícia. Agora, para sobreviverem ao gang, condenados e polícia vão ter que unir esforços.
A segunda longa-metragem de John Carpenter é hoje um objecto de estudo sobre como transformar um orçamento irrisório numa obra de acção compacta, repleta de momentos de tensão articulados na perfeição com uma banda sonora tradicional – que Carpenter afirma ter influências da música de Led Zeppelin. Esticada ao máximo em várias cenas para ter a duração necessária para conseguir chegar aos cinemas – o próprio realizador admitiu que todas as cenas da primeira metade do filme são mais longas do que deveriam ser por esse mesmo motivo -, “Assalto à 13ª Esquadra” é ainda hoje relembrado por todos quantos o viram nos últimos trinta anos por uma cena memorável, crua na substância, impiedosa na sua moralidade: a do assassinato frio e sem qualquer causa justificativa de uma inocente criança que abordava uma carrinha de venda ambulante de gelados. Uma reinvenção da premissa de “Rio Bravo” de Hawks, transformada em fita de culto de um mundo suburbano violento e a prova segunda de um manipulador de audiências que, infelizmente, nem sempre primou pelo brilhantismo durante a sua carreira.
2 comentários:
Foi com este filme que começou a minha devoção ao cinema do Carpenter
O Rato Cinéfilo
Curiosamente, o Carpenter nunca me conseguiu convencer na totalidade. Abraço.
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