“Os Aristocratas” é a mais famosa e reciclável anedota privada de uma elite de comediantes norte-americanos. Um mito com cem anos, desmitificado neste documentário, que nada mais revela do que uma pequena história ordinária e vácua na sua substância, condimentada com mais ou menos repulsa por cada um dos protagonistas que a reproduz. Uma desilusão tremenda e brejeira, sem o mínimo de piada, que ao invés de resultar como uma pedrada no charco dos tabus sociais, acaba por dar razão a quem defende que há assuntos que nunca resultarão como base de humor.
De Jon Stewart a Robin Williams, passando por Whoopi Goldberg, George Carlin ou Chris Rock, são dezenas as personalidades da indústria de comédia norte-americana que enclausuram-se na falta de discernimento e intenção de uma imagem bárbara e grosseira, comprometendo a sua imagem perante um público alargado que os respeitava pela sua inteligência. Não há barreiras morais e, mesmo os adeptos do estilo narrativo, não negam o tom monótono que a fita atinge a partir de um certo ponto. Adorado e aclamado pela crítica em Portugal – basta relembrar que nomes pesados como João Lopes ou Eurico Barros contemplaram o filme com uma rara pontuação de quatro estrelas, classificando a obra de Paul Provenza (actor sem mediatismo no meio) como espantosa e desconcertante -, “The Aristocrats” é, em duas palavras, completamente escusado.
4 comentários:
Por acaso até tinha alguma curiosidade em ver este "documentário" da anedota mais mal amada da história mas depois de ler isto... acho que vou procurar a anedota na net e está visto!
Cumprimentos
Nem sei se vale a pena procurar, mas pode ser apenas o meu sentido de humor ;) Um abraço Peter!
Tenho que concordar contigo... depois de pesquisar um pouco encontrei a explicação da piada e alguns exemplos e tenho que admitir que realmente de piada pouco ou nada tem!
Um abraço :)
;) Um forte abraço, obrigado pela constante atenção ao blogue Peter!
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