A fita do nova-iorquino Donald Petrie, um habitué da comédia soft de Hollywood - "Miss Congeniality" e "How to Lose a Guy in 10 Days" são duas das suas últimas obras, sendo que o seu melhor filme ainda é "Grumpy Old Men", com a mítica dupla Lemmon/Matthau - é apenas mais um exemplo de entretenimento simpático, sem outras pretensões que não, através de um forte elenco, garantir, no minímo, o retorno do investimento feito.
Não foi o caso, pois apesar de estar longe de ser um flop narrativo, "Alce Daí, Senhor Presidente" passou completamente despercebido nos cinemas norte-americanos e internacionais. Estranhamente, nomes como Gene Hackman, Ray Romano ou Marcia Gay Harden não foram suficientes para convencer o público e justificar um orçamento de quase trinta milhões de dólares. A premissa, que envolve um canalizador da pequena cidade de Mooseport que concorre a mayor contra um dos mais amados ex-presidentes norte-americanos, promete e cumpre com alguns momentos de pura diversão, muito perto do estilo humorístico que Romano criou na sua sitcom "Everybody Loves Raymond". Sem nunca cair na parvoíce pegada.
Objectivamente, do desempenho do elenco - o que de melhor o filme tem - de "Welcome to Mooseport" tira-se duas ou três conclusões claras: Ray Romano não é credível quando o guião obriga-o a fugir da sua zona de conforto; Hackman adapta-se a qualquer cenário e personagem; e, por fim, a magnética Maura Tierney merecia uma carreira cinematográfica à altura do seu papel em "ER", onde é Abby Lockhart há quase duzentos episódios. A chegar aos cinquenta, está na hora de saltar definitivamente do pequeno ecrâ para a grande tela.
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