
Christine Collins é uma mãe cujo filho é raptado em Los Angeles em 1928. Cinco meses após o desaparecimento, a polícia anuncia perante toda a imprensa que recuperou o rapaz, numa acção de relações públicas que pretendia limpar a deteriorada imagem do departamento. No entanto, Christine jura a pés juntos que aquele não é o seu filho, algo que é obviamente abafado pela corrupta polícia. E aqui começa a luta de Christine pela verdade, que dá azo a uma interpretação digna de todos os louvores possíveis e imaginários a Angelina Jolie, reprimindo os críticos que a classificam como uma mera sex-symbol ou figura da imprensa cor-de-rosa. Emocionalmente eficaz e esteticamente majestoso, com “
A Troca” Clint Eastwood prova mais uma vez, depois dos assombrosos “
Gran Torino”, “
Million Dollar Baby” ou “
Mystic River”, entre outros, estar mesmo no auge das suas capacidades enquanto realizador. Baseado numa história verídica, “
Changeling” é sem dúvida alguma a mais requintada crítica à estrutura de poder de Los Angeles durante as primeiras décadas do século passado desde “
L.A. Confidential”.
3 comentários:
Changeling é perturbador e forte, desconcertante até, como um murro no estômago e que nos deixa sem palavras. É uma história que concebemos ser possível acontecer a qualquer um, mas que nos faz temer essa mera possibilidade. É um filme diferente de Clint Eastwood, mas que merece um visionamento atento e que se dê uma oportunidade ao brilhante desempenho de Angelina Jolie.
Quanto a mim é mesmo o segundo melhor filme do ano passado. E certamente um dos mais fortes da filmografia de Eastwood. A realização em tons clássicos é soberba e as interpretações e a trama não são menos fascinantes. Um dos grandes esquecidos dos Oscares à semelhança de Gran Torino e Revolutionary Road.
De acordo e de acordo :) Abraços Tiago e Filipe.
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