Após um mortal acidente de aviação, Claire (Anne Hathaway), uma jovem psicóloga, fica responsável pelo acompanhamento crítico aos poucos sobreviventes do acidente. Em sessões conjuntas de terapia, todos parecem narrar uma história diferente do que se passou dentro – e fora – do avião, principalmente no que concerne a uma possível explosão num dos motores do avião. Quando o piloto é acusado de ser o culpado do desastre, devido a uma aproximação mal sucedida, este é um factor decisivo que pode encobrir possíveis jogos de bastidores entre a respectiva companhia aérea e as seguradoras. Será que Claire pode estar prestes a descortinar uma gigantesca conspiração?
Não. Aquele que poderia ter sido um razoável thriller corporativo acaba por se transformar numa patética história sobrenatural sem pés nem cabeça. A necessidade quase cega do guionista Ronnie Christensen dar nas vistas nesta sua estreia na indústria, com um daqueles twists “à Shyamalan”, trai o realizador colombiano Rodrigo García - filho do escritor Gabriel García Márquez -, que com uma fotografia cuidada em tons baços tinha aqui um elenco suficientemente capaz para levar a narrativa a outros (aero)portos. Tanto para eles, passageiros deste embaraço cinematográfico, como para nós, cinéfilos exigentes, este era um voo que bem poderia ter ficado em terra por culpa de uma qualquer nuvem de cinzas vulcânicas.
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