Rapaz conhece rapariga. Rapaz apaixona-se à primeira vista, rapariga fica indecisa. Em suma, uma história de amor real e moderna como tantas outras, que leva Tom (Joseph Gordon-Levitt) ao desespero, ou não fossem os radiantes olhos azuis de Summer (Zooey Deschanel) uma perdição para qualquer jovem que sonha por uma paixão eterna. Numa odisseia – os tais quinhentos dias – para conquistar e reconquistar o seu coração, Tom recordará uma percurso acidentado que mudou não só a sua vida, como a sua perspectiva perante a mesma. Porque esta não é uma história de amor, mas sim uma história sobre o amor.
"500 Dias com Summer" é um filme fantástico que prova que ainda é possível reinventar um género e oferecer ao público uma comédia romântica verdadeiramente original, ao bom estilo do que Woody Allen fez nos finais dos anos setenta com "Annie Hall". Porque o norte-americano Marc Webb soube capturar como poucos, nesta que foi a sua estreia cinematográfica, a idiossincrasia romântica de uma geração contemporânea. Um dos mais conceituados realizadores de videoclips musicais – Webb trabalhou com grupos como Green Day, P.O.D ou Santana – adapta magistralmente uma narrativa complexa, com truques de realização vigorosos e refrescantes como a divisão do ecrã em “realidade” e “expectativas” ou saltos temporais aparentemente desorganizados. Um trabalho fantástico, rematado com um casting primoroso – Gordon-Levitt e Deschanel são caras familiares à audiência, mas não sofrem ainda de rótulos interpretativos – e uma banda-sonora moderna. Inexplicavelmente, "(500) Days of Summer" escapou aos cinemas portugueses e chega agora ao mercado DVD nacional com uma edição paupérrima, sem qualquer extra, ao contrário de outras edições vendidas por essa Europa fora. Parece que em Portugal, para certas distribuidoras, são 365 dias de Inverno ano após ano.
1 comentário:
E com o título na capa de (500) Dias com Verão!! LOL... tristeza...
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