domingo, junho 13, 2010

Edge of Darkness (2010)

Thomas Craven (Mel Gibson), um veterano e solitário detective da Brigada de Homicídios de Boston, fica nas suas sete quintas quando, inesperadamente, recebe a visita da sua filha única, Emma. No entanto, tudo muda quando, ao sair de casa, Emma é brutalmente assassinada a sangue frio. Com a polícia e a imprensa rapidamente a concluir que se tratava de uma tentativa de assassinato ao detective Craven, mas que tinha corrido para o torto, Thomas está convencido, no entanto, que a sua filha era mesmo o alvo a abater e embarca numa investigação pessoal que acabará por tornar-se numa odisseia de vingança e justiça pelas próprias mãos entre negócios, políticos e empresas corruptas e gananciosas. Sem motivos para viver, Craven não olhará a meios para vingar ferozmente a morte da sua filha.

Realizado por Martin Campbell, o mesmo que revitalizou por duas vezes a saga 007, introduzindo novos protagonistas com os interessantes e competentes “GoldenEye” (Pierce Brosnan) e “Casino Royale” (Daniel Craig), “Fora de Controlo” marca o regresso de Mel Gibson à interpretação depois de mais de meia década de ausência, marcada por vários problemas a nível pessoal relacionados com o álcool e o seu anti-semitismo. Baseado numa mini-série de culto britânica da BBC dos anos oitenta, realizada curiosamente pelo próprio Martin Campbell, “Edge of Darkness” é, ao bom estilo dos “vendetta movies” do século passado, uma fita de acção intensa e bruta, sem falsos moralismos, que não joga com a inteligência do espectador mas com o seu sentido de complacência perante a caminhada de redenção de Craven. Não há twists inesperados nem surpresas narrativas demasiado complexas. De arma em punho, sem amor pela própria vida, Gibson convence e leva o filme a bom ritmo até ao final esperado – e merecido. Old school, good school.

4 comentários:

Luís A. disse...

a premissa parece a de Payback....com o mesmo Mel Gibson...

Peter Gunn disse...

Realmente a parte da vingança e justiça pelas próprias mãos faz lembrar o Payback mas será que tem um tom tão bem humorado como esse tinha?

Não sei se chegaste a ver o Payback Knox mas em caso de resposta positiva qual dos dois achaste melhor?

Eu pessoalmente gostei bastante do Payback mas infelizmente ainda não tive oportunidade de ver o Edge...

Cumprimentos

DiogoF. disse...

Não consegui gostar. Apesar dessa ideia de "complacência", em vez de "inteligência", achei que a estória tinha muitas incongruências (contradições, coisas por explicar e coisas mal explicadas).

Além disso, não achei a prestação do MG nada de especial, porque lá está, limitou-se a ser ele próprio. A adicionar, ainda o achei um pouco apagado.

;)

Carlos M. Reis disse...

Apesar das sinopses parecidas, são filmes que destoam completamente no ritmo e na personalidade do "anti-herói". Tal como disseram, "Payback" é smooth. Não sei se gostei mais de um do que de outro, mas a escolher talvez vá pelo Payback.

Cumprimentos a todos, Luís, Peter e Diogo. Obrigado pela visita.

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