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O título da obra, por si só, é capaz de convencer muito boa gente a ver o filme. A equipa por detrás da fita assegura, definitivamente, que uma oportunidade não será em vão. O regresso do australiano James McTeigue à realização, depois da bombástica estreia na função em “V for Vendetta”, e o “gang” responsável pelos efeitos especiais de clássicos recentes da ficção científica como “The Matrix” – falamos de Joel Silver e John Gaeta, por exemplo -, são a melhor carta de apresentação que “Ninja Assassin” pode ter, mais do que uma crítica positiva ou o passa-a-palavra prometedor. E se a nível técnico e artístico o filme é, por vários momentos, prodigioso, a nível narrativo consegue ser sólido quanto baste para não insultar o espectador entre navalhadas e pontapés.
E quando é que foi a última vez que fomos presenteados com um bom filme de ninjas? Talvez nos anos setenta, quando a epidemia Kung Fu atordoou os Estados Unidos da América e provocou um sem número de mutações estilísticas na cinematografia norte-americana. Poderá este ser o pontapé de saída para uma nova década dedicada ao “universo” japonês, desta vez com adaptações baseadas na sua “mais que tudo” anime? Os vários projectos em carteira em Hollywood parecem indicar que sim, mas a relativa desilusão monetária que se revelou “Ninja Assassin”, conseguindo menos dois milhões nas bilheteiras norte-americanas do que aquilo que custou (40 milhões de dólares) pode muito bem ditar, pela negativa, o futuro de todos os outros.
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2 comentários:
Realmente o filme não teve grande sucesso...
Também gostei muito do filme, excelente filme de Ninjas sem o habitual exagero que por vezes estes filmes trazem.
Mas também têm algumas coisas mal explicadas como por exemplo o heroi Raizo, a ser verdadeiramente o heroi só na revolta, porque antes ele até não se destacava dos demais.
Sim, fazem algumas referências de que ele era "especial", mas nunca mostram ele ser tão bom que conseguisse "arrear" nos outros todos. Pormenores... :P Um abraço Nasp.
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