sexta-feira, outubro 01, 2010

Paranormal Activity (2007)

Katie e Micah são um jovem casal de classe média americana que acabou de se mudar para uma casa nos subúrbios da cidade onde trabalham. Com Katie desconfiada da presença de forças paranormais na casa ao final de algumas noites, Micah decide comprar uma câmara de vídeo de alta definição para filmar o casal enquanto dorme e, assim, descansar a paranóia sobrenatural da namorada. Mas não tardará ele próprio a ficar convencido de que algo demoníaco persegue mesmo Katie. Agora, o que fazer contra o que não se vê?

Com uma realização minimalista do desconhecido israelita Oren Peli, “Actividade Paranormal” é uma fita de terror ao bom estilo “Blair Witch”, numa receita vencedora que já provou conseguir transformar qualquer orçamento diminuto – neste caso, 15 mil dólares - num projecto milionário, com uma margem de lucro elevada a expoentes máximos. Mas o sucesso arrebatador de “Paranormal Activity” em todo o mundo deveu-se também, verdade seja dita, à sua qualidade e excelência enquanto thriller supernatural, agarrando o espectador à cadeira com uma trama equilibrada de suspense e falsas expectativas, que não se vende aos sustos baratos e a sons inesperados e elevados para provocar uma reacção apropriada ao contexto da obra. Produto criativo tão básico na sua premissa quanto original – finalmente um bom filme de terror norte-americano que não cedeu à onda recente de remakes/reboots que atingiu Hollywood na última década -, “Actividade Paranormal” é uma excelente proposta para qualquer casal com uma sala escura e uma boa televisão, numa sexta-feira à noite de chuva e lua nova. A inevitável sequela já está a caminho – desta vez com a realização de Tod Williams, o mesmo do intragável “The Door in the Floor” -, mas por aqui esperamos ansiosamente é pelo novo filme de Oren Peli, intitulado “Area 51”.

4 comentários:

Nuno Pedro Fernandes disse...

Esperava um pouco mais deste Actividade Paranormal e, talvez por isso, a desilusão tenha sido grande. Acho que o problema é, sobretudo, a falta de suspense. Talvez devesse ter havido uma maior exploração dos dados que eles descobrem na internet, mas também as cenas de quarto, que muito prometem, acabam por cumprir pouco. A ideia é boa. O resultado, nem por isso.
Um abraço

Carlos M. Reis disse...

É uma questão de expectativas. Eu ia sem nenhumas, sabendo que se tratava de um filme feito com o preço de um carro barato e, tendo isso em conta, acho que foi feito um trabalho fantástico. Se tivesse sido um filme de milhões, provavelmente também não teria gostado. Grande abraço.

Sarah disse...

Eu gostei, mas também não tinha nenhuma expectativa em relação ao filme. E confesso que a experiência no cinema foi bastante engraçada, que contribuiu para gostar um pouco mais do filme. Estou curiosa em relação à sequela!
Adoro o teu blog, excelente trabalho.


Sarah
www.depoisdocinema.blogspot.com

Carlos M. Reis disse...

Sara, obrigado pelas simpáticas palavras. Não conhecia o Depois do Cinema, já esta no feed reader ;) Beijinhos.

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