“127 Horas”, o primeiro filme do britânico Danny Boyle após o sucesso comercial e artístico de “Quem Quer Ser Bilionário” em 2008, narra a história verídica do montanhista norte-americano Aron Ralston, que durante cinco dias esteve preso num desfiladeiro norte-americano, com o braço entalado entre uma pedra solta e as angustiantes paredes que o rodeavam. Longe do mundo e sem ninguém saber do seu paradeiro, Aron tem noção que depende unicamente de si mesmo para voltar a ver aqueles que ama. E serão as recordações dessas mesmas pessoas que o ajudarão a sobreviver, fazendo-o também perceber que não está ali apenas porque escorregou, mas porque tomou quase sempre os caminhos errados com os seus pais, os seus amigos e, acima de tudo, com a sua ex-namorada.
Com uma montagem alucinante, bem ao estilo do que Danny Boyle nos habituou ao longo da sua interessante filmografia, “127 Horas” é, no entanto, uma fita cinematográfica desequilibrada, que entre os caprichos de um qualquer videoclip musical e a forma previsível com que deixa desenrolar a história, perde caminho e estatuto para outros one-man shows do género. No entanto, destaque obrigatório para James Franco, que não só é a estrela do filme, como é o próprio filme em si. Presente praticamente em todos os planos da obra, Franco convence o espectador do acumular da fatiga física e psicológica, arrecadando justamente nomeações para Melhor Actor nos mais consagrados festivais de cinema.
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