"Crazy, Stupid, Love" foi justamente considerada por várias publicações especializadas como uma das melhores comédias dos últimos anos. Co-realizado pela dupla Glenn Ficarra e John Requa ("I Love You Phillip Morris"), a razão de tal sucesso deve-se principalmente a três factores-chave: o guião surpreendentemente maduro - sem piadas baratas ou facilitismos cómicos - de Dan Fogelman ("Tangled" e "Cars"); a química quase magnética entre Carell e Gosling; e a imprevista queda para o humor deste último, um actor que esteve impecavelmente bem em todas as frentes que disputou recentemente - do drama ao romance, da comédia à acção. Todos estes trunfos fazem de "Amor, Estúpido e Louco" um filme tão divertido quanto melancólico, tão sofisticado quanto tradicional, tão fã de Woody Allen como de Judd Apatow. Como sabe bem uma comédia de adultos, para adultos, em que as únicas três dimensões que existem não precisam de óculos descartáveis: o sex-appeal de Gosling, qual Patrick Swayze em algumas cenas, a beleza clássica e refrescante de Emma Stone e o talento natural de Carell para nos fazer rir, sem precisar de se estupidificar.

Sem comentários:
Enviar um comentário