Realizado por Joe Johnston (responsável pelos duvidosos "Jurassic Park III" e "The Wolfman" e pelo competente "Jumanji"), "Capitão América: O Primeiro Vingador" não desonra a memória e o estatuto de uma das mais carismáticas personagens da história da banda-desenhada mundial, mesmo que também não a coloque no mesmo patamar cinéfilo de outros super-heróis como Batman, Homem-Aranha ou Homem de Ferro, apenas para mencionar alguns. Se o vilão, falha tradicionalmente comum nestas recentes adaptações cinematográficas da Marvel, até não desilude a nível gráfico e de caracterização, já em termos estilísticos, visuais e narrativos, "Captain America: The First Avenger", no seu todo, sabe a muito pouco, deixando quase tudo pelas intenções e promessas, nunca concretizando o seu verdadeiro potencial em algo mais do que uma fita segura, com medo de correr riscos até nos seus momentos mais leves, de humor e descontracção. A acção, essa, é medíocre e o grande - talvez único - destaque acaba por ser a eficácia da transformação do corpo de Chris Evans, qual David convertido em Golias.
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4 comentários:
Esperava ver-te referir o excelente Rocketeer, também realizado por ele numa primeira incursão na época da 2ª Guerra mundial / adaptação BD ;)
Identifico-me com a crítica (muito boa por sinal). Se por um lado, não se pode dizer que este Capitão América resulta mal (caracterização boa, construção da personagem e ambientes credíveis e poderosos), por outro falha (inevitavelmente) no argumento e na realização em piloto automático, que para o final descamba no mesmo de sempre. Mas enfim, diria que não está mau de todo, se compararmos com o seu parceiro Thor.
Cumprimentos,
Jorge Teixeira
Caminho Largo
Edgar, nunca vi o Rocketeer. É assim tão bom? Desconfio :P
Jorge, obrigado. Piloto automático é uma expressão que tinha assentado que nem uma luva na minha análise. E, caramba, até gostei do Thor. Mas sim, a culpa deve ter sido da Natalie Portman :)
Cumprimentos!
Eheh a Natalie também é a coisinha que mais apreciei em todo o filme do Thor, que confesso, não gostei nadinha.
Cumprimentos,
Jorge Teixeira
Caminho Largo
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