Baseado numa história verídica - e tão importante é esta expressão logo no início do filme para nos tornar verdadeiras esponjas de todas as emoções que seguirão - "Amigos Improváveis" tornou-se rapidamente a obra francesa mais rentável de sempre, oferecendo ao espectador um sentimento de bem-estar único com a vida, através da empatia que cria contra as diferenças, as adversidades e os preconceitos existentes na narrativa. Comovente e divertido, "Intouchables" tem no seu ritmo desequilibrado - cinco minutos excepcionais são várias vezes seguidos de cinco minutos em que não se passa nada - o seu único ponto fraco, sendo que até a banda sonora ecléctica, que consegue misturar de forma alegre, eficaz e fácil vários géneros musicais, da música clássica ao pop rock, demonstra o talento e competência de toda a equipa técnica envolvida no filme, com especial menção de mérito para a dupla de realizadores, os internacionalmente pouco sonantes Olivier Nakache e Eric Toledano. De resto, interpretações fenomenais de Omar Sy e Francois Cluzet ajudam a película a humanizar-se, tornando uma amizade impossível num poema onde o infortúnio é transformado em estabilidade e vários clichés do género em momentos de puro deleite cinematográfico.

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