Pinkie Brown (Sam Riley) é um jovem e ambicioso criminoso que pretende vingar a morte do chefe do seu grupo organizado e, ao mesmo tempo, conseguir ganhar o respeito necessário entre os seus para ocupar o lugar vago no topo da cadeia alimentar. Já Rose (Andrea Riseborough) é uma modesta empregada de mesa que, de forma completamente involuntária, acaba por testemunhar e descobrir provas que podem mandar Pinkie o resto da vida para a prisão. Agora sobra ao jovem gangster tomar uma decisão complicada: deixar-se apaixonar por Rose de forma a controlar a verdade ou... limpar-lhe o canastro, provando ter o que é necessário para ser líder.
Estreia na realização do até então guionista Rowan Joffe ("The American" ou "28 Weeks Later"), "Crime e Pecado" sofre a nível de construção e coerência narrativa da inexperiência de Joffe - filho do reputado realizador de "The Killing Fields" ou "The Mission", Roland - nos comandos da obra, especialmente a nível técnico, com uma montagem desequilibrada à qual parece faltar, por várias vezes, algumas cenas de ligação entre momentos importantes da trama. Readaptação - já Attenborough o tinha feito nos anos quarenta - ao grande ecrã do conceituado romance criminal de Graham Greene, este revivalismo cinematográfico brilha a nível de fotografia e elenco, mas revela-se ingénuo na sua dimensão dramática, bem como pouco eficaz nos seus propósitos perante o espectador. Com muito pouca alma, sobra-lhe um sentimento melancólico onde se esperava alguma tensão, fazendo deste "Brighton Rock" numa não mais do que elegante reincarnação de um clássico da literatura britânica e mundial.
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