Yaniv Schulman é um jovem artista criativo nova iorquino com uma fã muito especial: Abby, uma criança do interior dos Estados Unidos que lhe envia constantemente quadros e pinturas muito interessantes para alguém com tão tenra idade, com fé que os seus trabalhos ganhem alguma visibilidade nas mãos de Schulman e do seu pequeno atelier urbano. Mensagens no Facebook para aqui, chamadas para ali, Yaniv acaba por se apaixonar virtualmente pela irmã mais velha de Abby, Megan, e decide, sem avisar, realizar uma viagem de longas horas para a surpreender e conhecer. Mas, como vai perceber rapidamente, nem tudo o que parece, é.
Documentário sensação em Sundance, "Catfish" é um produto tão cativante e intrigante quanto socialmente preocupante. Acreditando na veracidade dos factos - algo que Morgan Spurlock ou Zack Galifianakis não fizeram, por exemplo, descrevendo-o como o melhor "falso" documentário que já viram -, "Catfish" consegue agarrar o espectador à história como poucos thrillers, provocar gargalhadas como poucas comédias - fruto da interacção entre o trio principal de "detectives" - e terminar num tom misecordioso - talvez até demais -, capaz de deixar muito boa gente sensibilizada com a narrativa. Real ou ficcionado, a verdade é que "Catfish" deu origem a uma nova definição no dicionário, bem como a um reality show na MTV com o mesmo conceito; e essas ondas de choque posteriores revelam que este é um documentário que não pode nem deve passar ao lado.
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