2007, Joshua Bell - considerado por muitos o melhor músico clássico da sua geração -, um violino de três milhões e meio de dólares, uma estação de metro da capital norte-americana, quarenta e cinco minutos de alguns dos temas mais conceituados de Bach e mais de um milhar de pessoas a passar à sua frente. À excepção de algumas crianças e de uma fã no final, ninguém parou para o ouvir. Apenas umas vinte pessoas atiram-lhe algumas moedas, mas sem parar. Sem aplausos, sem reconhecimento pelo seu talento. Uns dias antes, esgotara teatros e salas de concertos um pouco por todo o país, com bilhetes a preços médios de cem dólares. Uma iniciativa deliciosa do Washington Post para chegar a uma simples conclusão: se não conseguimos reconhecer e aproveitar, num contexto inesperado, um dos melhores músicos do mundo a tocar algumas das músicas mais bem escritas de sempre, quantas outras maravilhas deste planeta não damos conta no nosso dia-a-dia?
segunda-feira, março 25, 2013
Pérolas a porcos
2007, Joshua Bell - considerado por muitos o melhor músico clássico da sua geração -, um violino de três milhões e meio de dólares, uma estação de metro da capital norte-americana, quarenta e cinco minutos de alguns dos temas mais conceituados de Bach e mais de um milhar de pessoas a passar à sua frente. À excepção de algumas crianças e de uma fã no final, ninguém parou para o ouvir. Apenas umas vinte pessoas atiram-lhe algumas moedas, mas sem parar. Sem aplausos, sem reconhecimento pelo seu talento. Uns dias antes, esgotara teatros e salas de concertos um pouco por todo o país, com bilhetes a preços médios de cem dólares. Uma iniciativa deliciosa do Washington Post para chegar a uma simples conclusão: se não conseguimos reconhecer e aproveitar, num contexto inesperado, um dos melhores músicos do mundo a tocar algumas das músicas mais bem escritas de sempre, quantas outras maravilhas deste planeta não damos conta no nosso dia-a-dia?
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4 comentários:
Este video prova que o gosto é alimentado por características que nada têm que ver com a manifestação intelectual e artística. há um preconceito face ao artista de rua que não é visto como um artista. para além do mais, o video serve de chamada de atenção para a necessidade de pararmos um minuto que seja para valorizarmos as coisas mais bonitas. abr
Já vivi num país onde eu quase pagava para ouvir música no metro. Lembro-me de um flautista clássico que até arrepiava, e de um ensemble de música folk russa, que arrancava aplausos como se fosse num palco a sério. Muito tempo parava eu a ouvi-los. Saudades...
É uma ideia interessante, mas um bocado injusta, porque é natural que as pessoas estejam com pressa e não prestem atenção ou não tenham tempo, o contexto é sempre importante. Mas realmente era uma forma de poupar 100 dólares.
Claro que sim, provavelmente aconteceria o mesmo com qualquer um de nós. Mas não deixa de ser uma forma muito interessante de mostrar o nosso comportamento. Abraços Carlos, ajanelaencantada e Narrador pela visita e participação muito válida!
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