Em tempos longínquos de cavernas e animais jurássicos, os Croods são uma família confortável com a sua vida restrita a um local tão inóspito quanto seguro e longe de ameaças externas. Excepção, claro, a Eep, a filha mais velha do patriarca Grug que sonha em explorar o mundo e enfrentar todos os perigos que o pai teme. E quando a caverna da família é destruída devido a uma catástrofe natural, lá vão os Croods ter que se aventurar pelo desconhecido. E, como se não bastasse, Grug ainda vai ter que aturar a sogra e um possível genro o caminho todo.
Filme de animação infantil/familiar da Dreamworks, "The Croods" revela-se um registo competente algures entre o planeta solitário de "Ice Age" e o fértil universo criativo dos "Flinstones". Ainda que previsível e idealisticamente pouco arriscado, a fita de Kirk deMicco ("Space Chimps") e de Chris Sanders ("How to Train Your Dragon") consegue não aborrecer o espectador adulto através de uma linha gráfica agradável e fluida, uma narrativa simpática e educacional sobre conflitos geracionais, mudanças inevitáveis, progresso e relações familiares e, por fim, através da utilização eficaz de algum humor slapstick, adaptado na perfeição à invencibilidade característica de qualquer Coyote ou Tom, sendo aqui o Road Runner e o Jerry dos Croods o "novo mundo", aquele que está constantemente a ser desbravado por Nicolas Cage, Emma Stone, Ryan Reynolds e companhia. Em suma, a jornada de um herói comum, através de arquétipos tradicionais e de uma caracterização feliz, sem muito brilho mas também sem falhas graves.
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