sábado, maio 18, 2013

Looper (2012)

Corre o ano de 2074 e os Estados Unidos da América são agora um local aparentemente seguro e livre de homicídios e armas na rua, factores que haviam corroído a sociedade durante décadas. Mas desengane-se quem pensa que o crime simplesmente desapareceu: adaptando-se à nova realidade, as organizações mafiosas dão uso a um aparelho ilegal que lhes permite viajar no tempo e livrarem-se assim de pessoas indesejadas do presente... no passado. Para tal, são contratados "loopers", assassinos muito bem remunerados que recebem os indesejados do futuro para os assassinar no presente, até ao dia em que recebem-se a eles próprios para fechar o seu ciclo, apagando assim qualquer prova da sua existência e da actividade criminal por si praticada. Quando esse dia chega a Joe (Bruce Willis e Joseph Gordon-Levitt), será que este vai conseguir cumprir com o contrato?

Thriller futurista realizado pelo promissor Rian Johnson - que estreou-se com o surpreendente "Brick" em 2005 - "Looper - Reflexo Assassino" revela-se um dos produtos de ficção científica mais inteligentes dos últimos anos, conseguindo criar um mundo e um universo plausível dentro de todas as suas improbabilidades narrativas, orquestrando pontes complexas mas seguras entre twists que poderiam ser facilmente confusos ou limitativos ao ritmo praticamente irrepreensível da acção. Muito talento, portanto, na realização e na escrita de Johnson, que aliado a duas boas interpretações da dupla principal, principalmente em cenas partilhadas, fazem deste "Looper" uma obra tão interessante quanto bem executada. De resto, efeitos visuais cinco estrelas e uma mensagem importante sobre a nossa identidade compensam alguns possíveis caminhos alternativos que poderiam ter sido tomados para tornar algumas personagens mais cativantes - principalmente o "Rainmaker" na sua versão futurista. E seria Sara, mãe de Cid, uma homenagem a Sarah Connor?

3 comentários:

Jorge Teixeira disse...

Genericamente de acordo, apesar de o achar um tudo ou nada menos bom. Mas é um filme acima da média, em tudo isso que afirmas. Destacaria talvez a dimensão a atmosfera que comporta desde o início - muito eficaz.

Cumprimentos,
Jorge Teixeira
Caminho Largo

Ska disse...

Os assassinos não vão para o passado, quem é enviado para o passado são as vítimas.

Carlos M. Reis disse...

Jorge, abraço!

Ska, tens toda a razão, vou corrigir. Obrigado pelo aviso, um abraço.

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