Realizado pelo competente Marc Forster, "World War Z" manifesta-se um thriller apocalíptico estruturalmente sólido e artisticamente convincente - os efeitos secundários, como se esperava de resto devido ao seu budget, são de topo - que, infelizmente, não teve coragem para arriscar algo mais na sua narrativa de maneira a explorar de forma mais intensa e fértil as possibilidades infinitas que uma premissa deste calibre oferecia. Não há momentos que causem arrepios na espinha ao espectador - tanto a nível de terror como num plano emocional e familiar -, nem tão pouco nos façam sentir desesperados graças a uma desejável - mas ignorada - ligação com a personagem de Pitt. Felizmente todo o elenco arranca interpretações minimamente convincentes em ambiente tão controverso e difícil (o famoso ecrã verde) - o problema é mesmo o insípido guião que lhes é dado - e, ao que parece, a obra literária de Max Brooks terá outra oportunidade para brilhar no grande ecrã numa sequela que está a ser planeada pela Paramount Pictures, desta vez com Pitt mas sem Forster, tranquilizando assim os espectadores mais curiosos insatisfeitos com o final algo aberto da fita. Algures entre os clássicos de zombies de George Romero e o "28 Days Later" de Danny Boyle, "WWZ: Guerra Mundial" não aquece nem arrefece, ficando o visionamento sem grandes expectativas num Sábado à noite ao critério do leitor.

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