Triunfo mais técnico do que propriamente filosófico, “Oblivion” não deixa ainda assim de conseguir surpreender o espectador a nível narrativo, com um par de reviravoltas no mínimo interessantes e inesperadas. Prova de como é possível intrometer efeitos especiais computorizados de alto calibre em cenários reais, com resultados práticos irrepreensíveis a nível visual, a segunda experiência na cadeira de realizador do promissor Joseph Kosinski (“Tron: Legacy”) confirma a ideia inicial de que este será um nome a seguir com muita atenção nas próximas décadas no panorama da ficção científica cinematográfica. Kosinski faz com que o artificial pareça constantemente real e mostra que Tom Cruise, enquanto estrela de acção, continua dentro do prazo de validade. Faltou algum desenvolvimento intrínseco a personagens secundárias chave, mas não é por isso que “Oblivion” deixa de merecer o rótulo de sci-fi com cérebro. E músculo, para agradar a todos.

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