Com uma realização atípica de Shane Black - e, com este, manter a tradição seria o melhor sinal -, o terceiro capítulo de "Iron Man" fez, obviamente, toneladas de dólares nas bilheteiras domésticas e internacionais, satisfazendo o público-alvo da Marvel com mais explosões, mais acção e mais efeitos especiais do que em qualquer um dos seus predecessores cinematográficos. No entanto, ao puxar o lençol para o lado pipoqueiro da cama, Black esqueceu-se de ser ele próprio e aquecer a donzela destapada responsável pelo guião, pelo desenvolvimento das personagens - logo aqui que tinha o vilão com maior potencial de toda a saga, um Kingsley islamizado à Bin Laden envolto em grande secretismo - e, estranhamente, pela diversão. Faltou a dose de humor recorrente no cabeça de cartaz, faltaram os já habituais temas dos australianos AC/DC para alegrar a festa e, por fim, faltou um twist sombrio inesperado na narrativa para manter a fórmula viva. Pensando melhor, o melhor talvez seja mesmo acabar o festival por aqui.

1 comentário:
O twist deveria ser a Pepper morrer de verdade... Pouca sorte a nossa.
Enviar um comentário