Realizado por Olivier Megaton - responsável pelo simpático e competente "Colombiana" -, "Taken - A Vingança" fica a milhas do seu predecessor, a todos os níveis, por uma mão cheia de razões: para começar, falta-lhe o efeito surpresa do original de 2008, digno autor de algumas das cenas de acção - e tensão - mais carismáticas da última década; consequentemente, as expectativas elevadas de uma sequela meritória revelam-se inevitáveis, provocando um desgosto maior no espectador quando, na verdade, enquanto produto isolado "Taken 2" nem é mau de todo; depois ainda temos uma narrativa que trata como adolescente inocente uma actriz trintenária que, de miúda, pouco ou nada tem; e, pior ainda, quando a mesma criança passa de uma total aselha ao volante, daquelas que chumba no código tentativa após tentativa, para uma autêntica ás das estradas e da borracha queimada quando o perigo assim obriga. Outras incongruências narrativas mancham uma premissa ainda assim interessante - mesmo que pouco credível -, valendo-nos Neeson sentir-se quem nem peixe na água nesta personagem que lhe é indissociável. De resto, cenários ricos, ricos cenários nas bilheteiras (400 milhões contra os 45 de orçamento) e a falta de uma saga de características semelhantes à sua altura - quase todas série B as que por aí andam - levam-nos à conclusão que, para a glória ou para a desgraça, um terceiro capítulo é inevitável.
![](http://newsgroupsforum.no.sapo.pt/2star.gif)
Sem comentários:
Enviar um comentário