Danny Meehan (Vinnie Jones) é o antigo capitão da selecção inglesa, um jogador de futebol cuja carreira de sucesso foi subitamente interrompida por corrupção desportiva, comprovada num duelo Inglaterra-Alemanha onde Meehan falhou propositadamente um penalty para beneficiar os seus interesses nas apostas ilegais. Sem trabalho nem família, perde-se agora pelos caminhos penosos da vodka e do whisky, o que lhe leva a agredir dois polícias que o tentam multar por conduzir alcoolizado. Condenado a três anos de encarceramento, Meehan é recebido na prisão de forma mista: uns nem acreditam que vão poder confraternizar com um ídolo; outros detestam-no e querem que sofra por ter feito a selecção inglesa perder aquele jogo decisivo com os germânicos. Mas quando o director da prisão o convida para treinar a equipa dos guardas prisionais - contra a vontade e ameaças destes últimos -, Danny sugere criar a sua própria equipa de prisioneiros para desafiar os guardas num jogo amigável. Nesse momento, todos os seus colegas percebem que esta partida será uma oportunidade única de vingar, sem represálias, todas as injustiças de que são alvo diariamente.
Remake de um êxito dos anos setenta de Robert Aldrich, "A Máquina" não tem a criatividade e vitalidade do original dedicado ao futebol americano com Burt Reynolds no papel principal, mas não deixa de ter o seu encanto no desencanto rude do seu protagonista - ele próprio um ex-futebolista na vida real - e na forma surpreendente como o desporto em si é filmado, com actores claramente escolhidos a dedo pela forma como tratam a bola com os pés. À excepção das que envolvem o guarda-redes marcial de Jason Statham, quase todas as jogadas são minimamente credíveis, perdendo-se inesperadamente o guião em gags rídiculos de corredores, celas e balneários completamente despropositados. Destaque final para Jason Flemying na pele de um comentador desportivo muito pouco convencional.
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