Realizado desta vez por Simon West (“Con Air” e “Tomb Raider”), esse é logo à partida o grande trunfo desta sequela em relação ao capítulo de abertura da saga: West filma e edita melhor que Stallone e a fluidez narrativa agradece, mesmo no meio de tanta pancadaria e espectáculo pirotécnico. Com um elenco ainda mais utópico, “Os Mercenários 2” revela-se uma ode vaidosa – são infindáveis as referências cómico-culturais a diversos símbolos e expressões de referência dos actores em cena - ao cinema de acção dos anos oitenta e noventa, uma que mesmo caindo na previsibilidade irritante do guião crowd-pleasing, consegue construir estímulos vários nas suas cenas de acção coreografadas ao pormenor, que tornam este um exercício nostálgico e reconfortante no meio de tanto blockbuster moderno que privilegia os efeitos especiais computorizados sobre a autenticidade dos duplos e o calor agonizante das chamas. Um exemplo modesto e circunspecto de uma sequela superior ao original.

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