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Série de televisão pós-apocalíptica - uma fórmula reinventada com relativo sucesso nos últimos anos -, a primeira temporada de dez episódios de "The Last Ship" arrancou com o fulgor de uma mega-produção vistosa de Michael Bay, aqui produtor executivo, e, após atravessar águas turbulentas - que é como quem diz, dois ou três episódios de interesse praticamente nulo, como o da manutenção do navio em alto mar ou o romance a bordo -, conseguiu ainda assim terminar com algum combustível no depósito para navegar merecidamente numa segunda temporada que, agora em terra firme, promete outra audácia. Com um cenário viral minimamente credível e intriga q.b. sobre o futuro da humanidade, a produção televisiva de verão da TNT norte-americana entretém o suficiente para que as suas personagens unidimensionais, diálogos pouco trabalhados e um par de actores claramente em maré baixa - Rhona Mitra e Adam Baldwin - não sejam suficientes para a afundar. Esperemos apenas que a virilidade de Eric Dane e Charles Parnell seja de agora em diante acompanhada ao mesmo nível na narrativa, quase sempre demasiado leve perante tão dura realidade.
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