O grande problema de "
The Hunger Games: A Revolta - Parte 1" começa exactamente no seu título: Mockingjay não foi pensado por Suzanne Collins para funcionar em duas partes. Bom para os bolsos dos magnatas de Hollywood mas péssimo para a credibilidade da saga, o espectador paga o bilhete para andar num daqueles aviões de acrobacias da Red Bull mas acaba por ficar duas horas - e mais um ano - na hangar de embarque, à espera que o piloto ganhe tomates e nos ofereça a aventura prometida. Desconstruída, a narrativa desta primeira parte da revolução chega a ser patética, um conjunto de lições de moral sobre o poder da imagem e da propaganda, sem acção, sem coração, sem nada que nos deixe numa constante inquietação, tal como aconteceu no primeiro e segundo filme d'Os Jogos da Fome. Francis Lawrence confia na sua heroína, mas esquece-se de quem a idolatra: se há filmes sinónimos de anticlimax e frustração, este será certamente um deles.
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