"
Jobs", realizado pelo inexperiente Joshua Michael Stern ("
Swing Vote"), revela-se um filme autobiográfico absolutamente vulgar, expressão nunca permitida durante a vida pessoal e profissional do homem que o inspirou. Factos atrás de factos, pouca ou nenhuma tentativa de exploração psicológica às motivações, razões, pesadelos e sonhos de um visionário único cujos restícios de humanidade estavam presentes na sua insanidade enquanto perfeccionista que tentava aliar o melhor de vários mundos num único objecto. Mais do que a história de vida de Steve Jobs, Stern foca-se na trajectória da Apple e, nesse capítulo, orquestra uma obra absolutamente superficial quando comparada, por exemplo, a "
The Social Network", verdadeiro portento de David Fincher sobre o trajecto da rede social que viria a revolucionar as sociedades modernas. Já Ashton Kutcher acaba por ser uma cara demasiado mainstream para que o espectador se consiga abstrair do seu esforço de transformação (os maneirimos, as expressões, a postura corporal). Em suma, "
Jobs" podia ter ser sido um iPhone de 128GB mas acabou como um iPod Shuffle de 2GB.
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