Naquela que foi, na opinião de muitos críticos de televisão, a melhor temporada da série desde a sua estreia em 2010, "
The Walking Dead" conseguiu finalmente compor uma metanarrativa equilibrada nas suas mais variadas vertentes e fases: da sobrevivência apocalíptica à liderança grupal, das emoções colectivas às desilusões individuais. Dezasseis episódios que começam com a fuga da selvática Terminus, entremeiam com a tentativa de salvação de Beth de um hospital com uma gestão no mínimo excêntrica e terminam com uma anormal quietação na organizada Alexandria. Para a sexta temporada, levantam-se várias questões: o que aconteceu a Morgan para se tornar o "mestre zen do pau" - nada como um bom episódio de flashback para explicar a coisa; Sasha e Gabriel continuarão passados da cabeça? Será que Glenn - um dos três personagens que apareceu em todos os episódios - foi mordido e essa será a habitual grande reviravolta de início de temporada? Jessie e Rick como nova dupla amorosa? Os "Lobos" serão apenas aquelas duas aves raras ou um grupo muito maior e organizado? Seja como for, não me cheira que Alexandria dure muito mais tempo em pé. Veremos é se a dinâmica espiritual entre Rick e Morgan e a luta pelo proletariado entre o xerife e Deanna é trabalhada de forma a manter a história nesta linha intelectualmente cativante que durante tanto tempo esteve ausente da série da AMC. E que Carol continue uma verdadeira Stepford Wife, ruim como as cobras - seja a montar o cavalo Terminus a dentro ou a ameaçar crianças de morte em Alexandria.
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