quinta-feira, agosto 27, 2015

Furious Seven (2015)

Em "Velocidade Furiosa 7" vale tudo. E, quando assim é, o que se ganha em espectáculo perde-se em objectividade: a "família" de Dominic Toretto passeia pelo ecrã como se tratassem de super-heróis da Marvel versão Universal, privilegiados com poderes sobre-humanos que lhes permitem sobreviver a qualquer queda, acidente ou catástrofe, em grande estilo, sem sequelas físicas nem reacções hormonais ou emocionais - não há suor nem pânico nas faces dos heróis, por mais medonha que seja a situação. O impossível e o altamente improvável substituem o coerente e o credível na narrativa trabalhada pela primeira vez na saga pelo interessantíssimo James Wan ("Saw", "Death Sentence", "The Conjuring") mas, incrivelmente, toda essa despreocupação resulta num produto estupidamente tão divertido quanto visceralmente prazeroso. Para memória futura ficam duzentos e trinta carros destruídos, uma edição desleixada e irritante de algumas cenas de acção - troca o ângulo, mudam as posições corporais -, um toque de graça de Kurt Russell, a noção de que Jason Statham é muito mais actor do que qualquer outro com quem contracene aqui, o mais longo e também mais rentável capítulo de uma série sem fim à vista e, por fim, uma homenagem belíssima a Paul Walker nos minutos finais, fugindo à saída fácil e esperada - a morte da sua personagem. Para o oitavo, façam o favor de arranjarem um UMM, um Sado e um MG Canelas.

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