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Exterminador: Genisys" é um desastre, de longe o pior capítulo de uma saga que devia ter terminado em 1991, nas mãos de James Cameron. Sem alma, sem tomates, sem respeito pelo universo ficcional coerente e arrojado que foi construído no passado, o filme de Alan Taylor - quem?!? - é plástico sobre plástico, uma banalização terrível do espírito e entusiasmo de um clássico da história do cinema numa hora inicial de explicações mirabolantes sobre a decomposição histórica imbecil que é feita e, na hora final, em cenas tantas vezes vistas recentemente noutros blockbusters onde o CGI toma conta do ecrã e enche chouriços com o mero objectivo de passar tempo. Se as qualidades dos dois de Cameron não precisam de qualquer defesa, o terceiro tinha ao menos um final corajoso e o
quarto uma identidade própria, de aspecto sujo e caminhos imprevisíveis. Já este, borra tudo, infamando e desonrando inclusive personagens chave de outros tempos - até tive saudades de Christian Bale, vejam só -, querendo agradar a gregos e troianos - pudera, há que fazer dinheiro - e, pior que tudo, deixando bem escancaradas as portas para sequelas futuras. A única personagem que trazia algo de novo, a de J.K. Simmons, desaparece do nada a meio caminho e é completamente esquecida no final, prova derradeira de que todo o guião foi feito em cima do joelho. Para esquecer depressa.
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