terça-feira, novembro 10, 2015

Spring Breakers (2012)

Mamas, mamas e mais mamas. Miúdas giras a abanarem o rabo, dólares a voar, álcool e drogas a rodos. Se "Spring Breakers" fosse um videoclip musical de um rapper qualquer em crise de pós-adolescência, esta experiência visual excêntrica passava incólume. Mas a verdade é que alguém decidiu espetar hora e meia deste excremento cinematográfico em muita gente que não estava preparada para tal e agora chegou a hora de fazer alguma justiça em nome de todos os que perderam um serão da sua vida nesta bodega. Realizado pelo guionista do revolucionário "Kids", esta viagem de finalistas não tem ponta por onde se pegar; descoordenado, confuso, despropositado, mal interpretado, pessimamente filmado e demasiado estúpido para ser socialmente relevante ou caracterizador de qualquer geração, a quem orquestrou "Spring Breakers" faltou perceber que não basta ser diferente para chocar, ter um look pop-cool para ser arte. Dar face a uma juventude perdida implica caracterizá-la, dar-lhe motivações e diligências, oferecer uma ligação emocional ao espectador que justifique uma inquietação. Imagens soltas atrás de imagens soltas, um ménage à trois aquático e o energúmeno do James Franco com uma dentadura falsa e uma cabeleira ridícula não são, nem nunca serão, sinónimos de cinema. Uma nulidade.

2 comentários:

Jubylee disse...

Não achei este filme assim tão quando o vi há uns anos. MAs fiquei um bocado surpreendida de ter sido apresentado num dos festivais de cinema de Lisboa, já nem me recordo bem qual. É de facto um bocado o degredo.

Anónimo disse...

Vi-o há dois dias. É uma filme do qual nem sei o que pensar. Sátira psicadélica e exagerada de um mundo que nem sei se existe? Ensaio visual dos novos tempos de futilidade temática e estética? Não percebi, por isso nem comento.

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