domingo, novembro 01, 2015

TCN 2015: Nomeados Crítica de Televisão



Black Mirror: A segunda fornada do pesadelo tecnológico, por Rafa Santos, do blogue TV Dependente

"No decorrer de uma única hora televisiva somos transportados para uma visão especulativa que tão bem problematiza o indivíduo nos meandros de uma sociedade cada vez mais dominada pela tecnologia. Depois de três magníficos episódios era com algum receio que aguardava um novo encontro com a veia criativa de Charlie Brooker. A temática, que aqui se podia apresentar como um tanto ou quanto reciclada, acabou por adquirir novos contornos e resultar num essencial acrescento ao ensaio postulado pelo autor da série. A tecnologia como crescente muleta da memória. O espaço virtual como meio de comunicação bem como barreira."


Pilot Season: Daredevil (Netflix), por Gabriel Martins, do blogue TV Dependente

"Este “Homem sem Medo” é, de certa forma, o vigilante perfeito. Durante o dia actua dentro da lei, no papel de advogado – sempre acompanhado do fiel amigo Foggy – enquanto de noite castiga aqueles cuja justiça não alcança de forma legal. Os sentidos aguçados que ganhou em criança, graças a químicos que o cegaram quando salvou um idoso de ser atropelado, concedem-lhe poderes que ainda reforçam mais a eficácia das suas ocupações."

Game of Thrones - O Bom, O Mau, e Dorne, por JCSLVS, do blogue Jump Cuts

"Santa merda. No que é provavelmente o melhor final que Game of Thrones já orquestrou, a quinta temporada chega a um fim que se provou ultimamente divisório para os fãs da série. Quando ainda era um épico medieval incipiente, Game of Thrones construía a sua trama através de um enlaçar maquiavélico dos cordelinhos narrativos que tinha ao seu dispor. Se analisarmos a primeira temporada, a morte de Ned Stark começou a ser telegrafada desde que recusou o cargo de Mão do Rei por simples nobreza: foram nove episódios de um perfeitamente calculado jogo de xadrez que nos trouxe uma das mortes ainda mais sentidas da série."

Mad Men (AMC) – 7ª Temporada, 1ª parte, por Mafalda Neto, do blogue TV Dependente

"Enfim chegamos a “Waterloo”, um magnífico exemplar do que a série sabe fazer de melhor. Pegando num marco histórico cheio de simbolismo – a chegada à Lua – e numa campanha publicitária de fast-food (sinais dos tempos, mas o produto sempre foi irrelevante, o que importa é a psicologia), parece que voltamos ao passado da série, a tempos mais simples em que Pete seduzia o cliente, Peggy e Don trabalhavam em conjunto e tudo corria bem. Claro que não é isso que acontece."

Mr. Robot, por Daniel Ferrera, do blogue SciFiWorld Portugal

"Inteligente e inovadora, se todavia alguém não estiver convencido que Mr. Robot seja a série do ano (e não apenas da temporada veraneante), que dê uma oportunidade aos quase sessenta e cinco minutos do primeiro episódio para o comprovar. O único inconveniente é que, uma vez começada, não a conseguirá deixar. Simplemente genial."


Saint Seiya, por Nuno Reis, do blogue SciFiWorld Portugal

"Se a primeira temporada foi ao Olimpo, a segunda não podia ficar atrás. Desta vez a ameaça vem dos deuses nórdicos. Uma série de cavaleiros com poderes muito superiores aos Cavaleiros de Ouro aparece do nada e coloca a humanidade em risco obrigando a própria Atena a intervir. Serão os Cavaleiros de Bronze capazes de se superarem e de superarem estes novos oponentes? Esta mudança de constelações (cada guerreiro de bronze, prata ou ouro recebeu o seu nome de uma constelação, sendo os doze de Ouro os do Zodíaco) para outra mitologia foi mais do que interessante."


Pilot Season: The Bastard Executioner (FX), por Pedro Andrade, do blogue TV Dependente.

"Séries históricas, ou baseadas em eventos históricos mas com larga liberdade no que toca ao ficcionar dos factos, existem há muito, por isso não se pode afirmar que “The Bastard Executioner” surja no seguimento desta ou daquela. Porém, neste momento, o sucesso de “Game of Thrones” surge como um catalisador para uma tendência (apesar desta se inserir no género de fantasia é sobejamente sabido que é inspirada pela História), tornando-se inevitável não ver em “The Bastard Executioner” uma tentativa de Sutter e do FX em querer navegar na crista dessa onda."


"Togetherness": O distanciamento da proximidade, por Joaquim da Silva, do blogue Split Screen

"Aquelas frases podem e possivelmente já foram ditas, sentidas, pensadas, por cada um e por todos nós. A peripécia da tenacidade do jogo da lata, a disputa intergeracional, o regresso à infância, o choro, o riso, o incómodo, o embaraço. Quem nunca sentiu? Por tudo isto, Togetherness é um must-see. E leia-se "ver" no sentido mais abrangente. Sentir, pensar, conhecer, aprender. Porque Togetherness ensina que não é preciso estar perto para estar próximo, mas é preciso muito ser muito próximo para conseguir viver perto."

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