sexta-feira, janeiro 01, 2016

Creed (2015)

Vamos começar pela comparação inevitável: "Creed" não é, nem de perto nem de longe, tão emotivo e gratificante como o regresso de "Rocky Balboa" em 2006. Realizado por Ryan Coogler ("Fruitvale Station", também com Michael B. Jordan), este regresso disfarçado da saga do garanhão italiano resulta numa mixórdia de sentimentos: se por um lado temos a oportunidade de reviver uma personagem histórica numa vertente pessoal e intimista, sob um trabalho técnico irrepreensível, por outro falta a "Creed" tudo o que fez dos restantes capítulos um sucesso: o coração de Stallone na escrita, a sonoplastia de treino impressionante que ainda hoje sobrevive, uma história de amor comovente, um final no ringue tão inesperado quanto severo. Em "Creed", quase tudo fica em aberto, da doença de Balboa à perda de audição de Bianca, como que preparando uma série de sequelas, prejudicando essa indefinição o poder da narrativa isolada deste exercício. Vai uma aposta que esta ainda não foi a última vez que vimos Rocky no grande ecrã?

1 comentário:

Emanuel Neto disse...

Eu sempre fui fã de Stallone. É um bom ator e um excelente argumentista mas infelizmente muitas vezes é mal tratado em Hollywood. MAs o que muitos ignorantes de Hollywood não sabem é que se não fosse Stallone hoje provavelmente ninguém ganhava mais de 20 milhões de dólares por filme (Stallone e Schwarzenegger foram os primeiros da História do cinema a alcançar estes valores).

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