terça-feira, janeiro 03, 2017

Blair Witch (2016)

Fã confesso que sou do original e de todo o improviso que o tornou num projecto único - relembro que não havia guião, o elenco simplesmente entrou floresta a dentro sem saber bem o que lhes esperava e sem terem qualquer linha de diálogo definida -, o anúncio inesperado deste projecto dois meses antes da sua estreia tornou este remake/sequela de Adam Wingard ("You're Next" ou "The Guest") uma espécie de jantar de aniversário da ex-namorada (que é modelo), ao qual uma pessoa é obrigada a ir porque ela agora anda metida na cama com um dos teus bons amigos (o Wingard, neste caso). Vai ser desconfortável? Sim. Mas tens sempre a esperança que ela queira matar saudades com uma rapidinha na casa de banho. Não foi o caso. Ainda piscou os olhos e lançou uns sorrisos durante os primeiros trinta/quarenta minutos para o teu lado da mesa, mas depois sentou-se no colo do novo boi (boy, desculpem) e rapidamente o festim perdeu todo o seu interesse. A simplicidade que um dia a tornou irresistível foi substituída por paletes de maquilhagem (e ela era tão linda sem makeup), bruxedo complexo e uma narrativa que se perde dentro de si mesmo, enquanto se persegue na escuridão infinita. Que ela nunca se esqueça que um dia já teve a luz de uma estrela.

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