quarta-feira, março 29, 2017

Jessica Jones (S1/2015)

Enquanto heroína - ou, neste caso, anti-heroína -, a personagem que dá nome à série da Marvel concebida para a Netflix tem pouco interesse. O que vale, e muito, à primeira temporada de "Jessica Jones" é a existência de um vilão irrepreensivelmente bem construído e apresentado de base não só no seu poder - controlo de mentes - como na sua grande fraqueza, uma paixão não correspondida pela detective privada interpretada por Krysten Ritter. Sempre que Kilgrave (o escocês David Tennant, cara bem conhecida da excelente "Broadchurch") entra em cena, o magnetismo do espectador pela sua crueldade despreocupada é inevitável. Tudo o resto, de Luke Cage a Trish Walker, acaba por ser mal trabalhado, enfiado a espaços numa narrativa que arranca a soluços mas lá consegue endireitar-se nos episódios finais. O finale, esse, longe de desiludir, acaba ainda assim com o único motivo de interesse da série. Segunda temporada? Estou nem aí.

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