Aviso à navegação: não vou conseguir evitar as óbvias comparações que surgiram em qualquer análise de "
It" que leram nas últimas semanas. São, simplesmente, demasiado óbvias. Por isso... enquanto aventura infantil/adolescente algures entre o mood de "
Stranger Things", a traquinice dos "
Goonies" ou a inocência perdida de "
Stand by Me", "
It" funciona bem. Mas, quando entra na paranóia do terror, na figura de uma entidade demoníaca que não sabe bem o que é - e, por isso, por mais que tente explicar ao espectador a sua origem e propósitos, não o consegue -, o filme de Andy Muschietti ("
Mama") chega a ser patético. Porque, em momento algum, se sente a carne e osso de uma figura presente nem os arrepios de uma entidade sobrenatural. Porque, parece, nem o Pennywise sabe muito bem porque anda ali, porque é tão letal nalgumas ocasiões e tão reles noutras. Prova disso: no final, a ideia que é o medo que trama as crianças, que quando o superam estão, digamos, safos. Mas então, expliquem-me, porque é que a cena inicial dá cabo de um miúdo que até achou piada ao demónio e meteu conversa com este?
Go figure. E a sonoplastia? Horrenda. Ficou a química entre o elenco e mais uma prova de que Finn Wolfhard é um dos mais promissores miúdos que por aí anda. Sophia Lillis? Voltamos a falar dela quando fizer dezoito anos; agora pode dar asneira.
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