George Best: jogador de técnica ímpar e importância fundamental no United desde muito jovem, estrela rebelde dentro e fora de campo, instável no lar, auto-destrutivo nos bares. O documentário da BBC sobre o norte-irlandês que revolucionou o futebol em Inglaterra na década de sessenta com os seus dribles mágicos, golos decisivos - o mais importante de todos numa final da Taça dos Campeões Europeus contra o portentoso Benfica de Eusébio e Coluna - e campanhas publicitárias, mostra como a fama precoce e uma personalidade volátil destruíram não só a carreira, como a vida daquele que foi o primeiro "jogador celebridade pop" do planeta, muito antes de Beckham, Cristiano ou companhia. Best, que abandonou o futebol aos vinte e sete anos de idade - apenas para voltar mais tarde, nos EUA, numa altura de desespero -, serviu de lição para todas as gerações que lhe seguiram, tanto para o bem como para o mal. O problema é que... tudo isto já se sabia. E é aí que falha o documentário de Daniel Gordon: não traz nada de novo para a mesa, principalmente naquela fase da vida de Best após deixar os campos. Porque, a certa altura, Best desistiu das mulheres e do álcool; e esses foram os piores vinte minutos da sua vida.
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