O Hercule Poirot de Kenneth Branagh, actor, convence qb. Tem pinta, tem carácter próprio e, dentro dos moldes expectáveis criados ao longo de décadas por inúmeras adaptações da obra de Agatha Christie, consegue ainda assim surpreender, por mais exagerado, quase pateta, que seja aquele bigode. "
Um Crime no Expresso do Oriente" de Kenneth Branagh, realizador, é uma desilusão a quase todos os níveis técnicos - dos planos escolhidos à sonoplastia envergonhada -, refugiando-se na força intemporal de uma narrativa que merecia melhor cuidado na tela do que um elenco de estrelas quase todo em piloto automático. Longe, muito longe da mestria de Sidney Lumet nos anos setenta quando, também ele, liderou os melhores - Albert Finney, Ingrid Bergman, Lauren Bacall, Sean Connery, entre outros - a uma série de nomeações aos Óscares e BAFTAs na sua versão requintada do mistério originalmente publicado em 1934.
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