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Carbono Alterado" chegou repleto de hype aos maluquinhos do sci-fi; a Netflix apostou forte na sua promoção e o lançamento simultâneo a nível mundial prometia reacções rápidas. Assim foi. Com um arranque muito pouco inspirado - os dois primeiros episódios tinham informação a mais, ritmo a menos e uma série de interpretações de baixo gabarito - com Ortega a liderar a troupe sempre que entrava em modo espanhol -, foi anunciada a sua morte aos deuses. Muitos desistiram - eu estive muito perto também de o fazer, para dizer a verdade - e a série criada pela guionista de "
Shutter Island" ganhou o rótulo de "
série que teria algum destaque no SyFy mas nunca na sala de troféus da Netflix". Pois bem, as notícias desta morte foram manifestamente exageradas: ao terceiro episódio, "
Altered Carbon" explode e cada episódio até ao final transforma-se numa ode futurista, repleta de conceitos interessantes, visual competente e vida própria. O elenco não melhora por aí além - Dichen Lachman não convence e Hayley Law, com uma personagem de destaque no finale, é vergonhosamente terrível - mas suporta-se no meio de tantos momentos cativantes. Eu voltarei para a segunda - com ou sem Joel Kinnaman, mas sempre com Kovacs.
2 comentários:
Resolvi desistir ao fim de dois episódios. E agora dizes-me que ao terceiro é que explode? O universo está contra mim.
Muitos desistiram ao fim de dois episódios. Miguel Ferreira também. Eu estive quase quase. Mas sim, é verdade, a partir do terceiro tudo fica muito melhor. No fim volta a perder um pouco a intensidade, mas não se compara aos dois episódios iniciais. Um abraço!
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